ATA DA SEPTUAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 15-8-2011.
Aos quinze dias do mês de agosto do ano
de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio
Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos,
foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr.
Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib,
Maria Celeste, Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol e Toni
Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Pedro
Ruas, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e
Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado, pela vereadora Sofia Cavedon, juntamente
com a vereador Fernanda Melchionna e o vereador Mauro Pinheiro, o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 010/11 (Processo nº 2248/11). Do EXPEDIENTE,
constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos
nos dias dezoito, dezenove, vinte e cinco e vinte e sete de julho do corrente.
A seguir, o senhor Presidente registrou as presenças, neste Plenário, das
senhoras Carmen Ângela Straliotto de Andrade, Cláudia Poli e Ana Rotili,
convidando-as a integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra, em
TRIBUNA POPULAR, à senhora Carmen Ângela Straliotto de Andrade, Diretora da
Escola Técnica Estadual Parobé, que divulgou programação cultural sobre
direitos humanos, com ênfase no Estatuto da Criança e do Adolescente, promovida
pela instituição de ensino dirigida por Sua Senhoria. Após, nos termos do
artigo 206 do Regimento, os vereadores Toni Proença, Maria Celeste, Luiz Braz,
Mauro Zacher, Dr. Raul Torelly, Fernanda Melchionna, Airto Ferronato, Reginaldo
Pujol, Aldacir José Oliboni, este pela oposição, e DJ Cassiá manifestaram-se
acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciou-se a vereadora Fernanda Melchionna. Em prosseguimento, a senhora Presidenta concedeu a palavra,
para considerações finais sobre o tema em debate, à senhora Cláudia Poli. Às quatorze
horas e cinquenta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às quinze horas e um minuto. A seguir, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pela vereadora Sofia Cavedon, solicitando alteração na ordem
dos trabalhos da presente Sessão. Após, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES,
hoje destinado a assinalar o transcurso do quinquagésimo aniversário de criação
do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE –, nos termos do
Requerimento nº 044/11 (Processo nº 2436/11), de autoria do vereador Airto
Ferronato. Compuseram a Mesa: a vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da Câmara
Municipal de Porto Alegre; os senhores José Hermeto Hoffmann e Luciano Feltrin,
respectivamente Diretor Administrativo e Superintendente da Agência do Rio
Grande do Sul do BRDE. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Airto
Ferronato, Adeli Sell e Elói Guimarães, este em tempo cedido pelo vereador
Alceu Brasinha. Após, a senhora Presidenta convidou o vereador Airto Ferronato
a proceder à entrega, ao senhor José Hermeto Hoffmann, de Diploma alusivo à
presente solenidade e concedeu a palavra a Sua Senhoria, que agradeceu a homenagem prestada pela
Câmara Municipal de Porto Alegre. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores
Aldacir José Oliboni e Beto Moesch. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se os
vereadores Dr. Raul Torelly e Dr. Thiago Duarte. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se a os vereadores Mauro Pinheiro, pela oposição, João Antonio
Dib, Sebastião Melo e Engenheiro Comassetto. Em TEMPO DE PRESIDENTE,
pronunciou-se a vereadora Sofia Cavedon. Às dezesseis horas e cinquenta e oito
minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após,
o vereador Mario Fraga formulou Requerimento verbal, deferido pela senhora
Presidenta, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante
da Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 044/11 (Processo nº 1472/11), por trinta e três votos
SIM, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr.
Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta,
Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. Em Votação, foram aprovados
os Requerimentos nos 011 e 055/11 (Processos nos 1152 e
2714/11). Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do
Legislativo nº 052/11 e os Projetos de Lei do Executivo nos 007 e
008/11 (Processos nos 1708, 0826 e 0827/11, respectivamente). A seguir, foi aprovado Requerimento de
autoria do vereador Idenir Cecchim, solicitando Licença para Tratar de
Interesses Particulares nos dias dezessete e dezoito de agosto do corrente. Ainda, foram aprovados Requerimentos de
autoria do vereador Aldacir José Oliboni, solicitando que as Emendas nos 02, aposta ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 299/06 (Processo nº 5510/06), e 03, aposta ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 261/08 (Processo nº 6482/08), fossem dispensadas do envio à
apreciação de Comissões Permanentes. Às dezessete horas e seis minutos, a
senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
020, 071, 093, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113 e 114/11, o Projeto
de Lei do Executivo nº 028/11, o Projeto de Resolução nº 024/11; em 2ª Sessão,
o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/11, discutido pelo vereador
Professor Garcia, os Projetos de Lei do Legislativo nos 098 e
105/11. Durante a Sessão, o vereador Reginaldo Pujol manifestou-se acerca de
assuntos diversos. Às dezessete horas e doze minutos, nada mais havendo a
tratar, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os
senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos
vereadores DJ Cassiá e Toni Proença e secretariados pelo vereador Toni Proença.
Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Dou as
boas-vindas aos estudantes e educadores que se encontram nesta Casa hoje, à Srª
Carmen Ângela Straliotto de Andrade e às professoras Cláudia Poli e Ana Rotili.
Passamos à
A Srª Carmen Ângela
Straliotto de Andrade, representando a
Escola Técnica Parobé, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos,
para tratar de assunto relativo à programação
cultural sobre direitos humanos, com ênfase no ECA.
A SRA. CARMEN ÂNGELA STRALIOTTO DE ANDRADE: Boa-tarde a
todos! É com muito prazer que a Escola Técnica Parobé se faz presente nesta
Câmara, este lugar tão especial dentro da nossa cidade de Porto Alegre. Nós
estamos aqui, hoje, para comemorar os 21 anos de aniversário do Estatuto da
Criança e do Adolescente e, também, para refletir sobre os Direitos Humanos.
Estiveram
envolvidos neste projeto - no térreo desta Casa, há uma exposição, com alguns banners, de trabalhos de alunos - os
professores de Trabalho e Cidadania de nossa Escola, coordenados,
principalmente, pela Professora Cláudia Poli e pela Professora Ana Rotili, mas também tivemos a participação dos demais professores da
Escola. O objetivo desse trabalho foi de que os alunos refletissem sobre os
Direitos Humanos, principalmente sobre o ECA. Por que houve essa reflexão? Para
fazer com que os alunos da nossa sociedade saibam que há algumas legislações
ligadas diretamente a eles e para que essa legislação fosse refletida por eles
próprios: qual é a visão do nosso jovem em relação a essas legislações, que
estão lincadas ao seu cotidiano? Como eles enxergam essas legislações? Como
eles vivenciam essa situação no seu dia a dia? Para isso, foi dado a eles um
momento de reflexão, e eles trouxeram, através de desenhos, através de redações
e de debates dentro da sala de aula, a visão que têm sobre os Direitos Humanos
e ao próprio ECA. As Professoras Ana Rotili e Cláudia Poli estiveram em contato
com a Câmara, para que a gente fizesse esse movimento de reflexão da Escola
Parobé.
Pela nossa tradição
de 105 anos e por sermos uma Escola Técnica que também tem Educação Básica, por
muitos anos a Educação Técnica e a Básica estiveram integradas... Hoje nós
temos na Escola seis cursos, sendo o Ensino Médio um deles. Esse é o grande
objetivo da integração do Trabalho de Educação e Cidadania. Esse componente
curricular é um componente transversal que trabalhamos tanto no Ensino Médio
como na Educação Profissional. Hoje, a essência desse trabalho está focada nos
nossos alunos do Ensino Médio, que estão presentes neste plenário, aos quais eu
acho que devemos uma salva de palmas, por toda a reflexão que fizeram sobre a
legislação. (Palmas.) É com muito orgulho que temos estes adolescentes em nossa
Escola. Eles fazem com que a gente reflita o nosso dia a dia e enxergue a forma
de relacionamento de uma nova sociedade que por eles está sendo construída.
Gostaria de deixar
aqui um agradecimento muito especial por este espaço, por esta oportunidade de
expor o trabalho dos nossos alunos. À Professora Ana Maria Rotili, à Professora
Renata; à Professora Marlowa, que está no Serviço de Supervisão Educacional; à
Professora Liliane; ao Professor Guilherme Huff, que é o Professor de Música -
após esse encontro, nós teremos um momento artístico com os nossos alunos na
Exposição -, à Professora Karen, de Informática; ao Professor Carlos Júlio; aos alunos Raissa e Bernardo, que farão o momento cultural de
hoje à tarde, deixo um grande abraço e um especial carinho por todo o trabalho
que desenvolveram. Mais uma vez, agradeço a paciência de todos vocês, de todos
os senhores, de nos ouvirem e de nos concederem este espaço. Muito obrigada.
(Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Comunico o
evento “Autismo diferente é o mundo
que queremos - ciclo permanente de palestras sobre autismo”, com palestras no
dia 20 de agosto, no próximo sábado, no Teatro Dante Barone, na Assembleia
Legislativa do RS, a partir das 8 horas; e no dia 21, no domingo, no Espaço
Gourmet Blue Ville, na Av. Cristóvão Colombo, em Porto Alegre. Sejam
bem-vindos. Parabéns a vocês.
O Ver. Toni Proença
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver.
DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; Srª Carmen Ângela Straliotto de Andrade, Diretora da Escola
Técnica Parobé; Sras Cláudia Poli
e Ana Rotili, que nos acompanham neste dia; toda a galera, estudantes da Escola
Parobé, que hoje nos visitam, sejam muito bem-vindos. Saúdo a iniciativa da
Escola por se deter no tema Direitos Humanos. Nesta Câmara, eu faço parte da
Comissão de Direitos Humanos. Temos trabalhado muito também na atualização da
legislação dos Conselhos Tutelares, que é uma das ferramentas de atuação do
Estatuto da Criança e do Adolescente. É fundamental que as escolas se preocupem
em atualizar e informar aos nossos jovens cidadãos sobre a
legislação, no Brasil, que contempla principalmente os seus direitos. Parabéns
pelo trabalho. Contem com a Bancada do PPS, através do meu mandato e dos
mandatos dos Vereadores Paulinho Rubem Berta e Ver. Elias Vidal; com a Bancada
do PCdoB, através do mandato da Verª Maristela Maffei. Gostaria de dizer que é
com muita satisfação e muito orgulho - o Ver. DJ Cassiá estava em outro
compromisso - que pude abrir a Exposição, que aconteceu no andar térreo desta
Casa. Na ocasião, pude dizer que em 1970 fui aluno do Parobé. É com muito
orgulho e com muito carinho que faço essa saudação e vejo o Parobé evoluindo
cada vez mais, sendo uma referência em escola técnica e, agora, como escola da
cidadania, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Parabéns.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Obrigado,
Ver. Toni Proença.
A Verª Maria Celeste
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, quero saudar a Srª Carmen Andrade, demais
professoras que representam a escola, os alunos, os colaboradores, pais e
funcionários que estão conosco nesta tarde. Eu falo em nome da Bancada do
Partido dos Trabalhadores e também em nome da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana
desta Casa, a qual tenho a grata satisfação de presidir, juntamente com a
colaboração dos Vereadores de outras Bancadas desta Casa. Gostaria de dizer que
a iniciativa de vocês é extremamente importante, porque o estudo do Estatuto
da Criança e do Adolescente tem que estar na vida cotidiana da escola, junto
aos alunos, às famílias e aos professores.
E a nossa Comissão
está tendo essa preocupação. Também começamos um movimento, junto às escolas do
Município, levando a 1ª Jornada
Municipal de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual
de Crianças e Adolescentes, um dos temas candentes
da nossa Cidade, para formação dos alunos e dos professores na escola, para
eles saberem como lidar especificamente com esse problema tão grave no Rio
Grande do Sul. Sabemos que, a cada quatro horas, uma criança é vítima de
violência sexual no nosso Estado. Esse é um dado alarmante. Porto Alegre não
pode ficar indiferente a isso, porque a realidade se traduz aqui também, com o
mesmo contingente de casos. A Comissão participa dessa forma, também
colaborando, assim como a escola tem essa preocupação de estabelecer um ciclo
de debates sobre Direitos Humanos.
Uma outra questão que
eu também gostaria de colocar, colocando a Comissão à disposição da Escola, é
que iniciamos uma campanha extremamente importante na cidade de Porto Alegre,
que é o combate ao preconceito e à discriminação, com a divulgação do art. 150
da Lei Orgânica de Porto Alegre, pelo qual se combate qualquer preconceito,
qualquer forma de discriminação dos mais diversos casos na nossa Cidade,
especialmente o caso da homofobia, da intolerância racial e religiosa. E a
gente tem, lamentavelmente, presenciado, nos últimos finais de semana, a
atuação de neonazistas, a atuação de agressões contra travestis e homossexuais
na nossa Cidade. Porto Alegre, que é a referência do Fórum Social Mundial, não
pode ficar de costas quando tem uma legislação tão avançada como o art. 150.
Estamos andando pela Cidade, nas escolas, divulgando essa campanha, porque
queremos que Porto Alegre fique 150% fora de qualquer preconceito, de qualquer
discriminação.
Parabéns pela iniciativa! A Bancada do PT, os
Vereadores que aqui estão, a presidência da Comissão de Direitos Humanos, todos
estamos juntos nessa luta, nessa ofensiva; junto com vocês, com a escola, onde
têm que ser reconhecidos os direitos humanos de todos desta Cidade. Muito
obrigada e parabéns pela iniciativa. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; nós queremos cumprimentar a Professora Carmen Ângela Straliotto de Andrade, Diretora
da Escola Parobé; vocês são sempre muito bem-vindos aqui na Casa do Povo
de Porto Alegre. Eu faço parte da Comissão de Justiça há muitos anos nesta
Casa. Para mim, o melhor desta iniciativa é que não adianta fazermos boas leis
se a sociedade não conhecer essas boas leis e não aprender a mexer com elas. Eu
acredito que a iniciativa da Escola, fazendo com que os alunos se interessem em
conhecer, com um pouco mais de profundidade, leis tão importantes como esta,
faz com que todos vocês mereçam o reconhecimento da nossa parte, principalmente
a nossa, que pertencemos à Comissão de Justiça da Casa. Parabéns a vocês do
Parobé! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(DJ Cassiá): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O SR. MAURO
ZACHER: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu
acompanhava, pelo espelho da Sessão, a programação da qual vocês estão
participando. Talvez não haja momento mais importante que este, embora já
estejamos comemorando duas décadas de ECA. Avançamos na legislação, mas, ao
mesmo tempo, ainda sofremos com tantas dificuldades, com tanta violência dentro
da escola. Podemos afirmar que essa violência é um ciclo e que muito vem do
próprio lar. Somos um País de tanta violência nos lares, com a presença tão
grande de homens que ainda agridem as suas esposas diante de seus filhos; é
evidente que, em algum lugar, isso vai acontecer. Sabemos também que esses
jovens acabam sendo os adultos violentos, como se fosse um grande ciclo. Que
bom que os alunos do Parobé estão debatendo esse assunto, para que possamos
formar uma consciência da importância que isso tem, porque, quando esses casos
saem na imprensa, não faltam discursos criticando os direitos conquistados pela
sociedade, principalmente por essa garotada.
Então, eu quero saudá-los pela iniciativa. Digo
isso com muita propriedade, porque percorri diversas escolas discutindo o bullying, sobre o que apresentei um
Projeto nesta Casa, Projeto aprovado por unanimidade. Hoje mesmo, eu estava na
Escola Brasília, lá na Zona Norte, debatendo esse assunto. Que bom! Discutam,
façam com que essa garotada tenha conhecimento da importância do ECA para a
nossa sociedade e de quantos desafios nós temos pela frente. Temos muito que
avançar. Parabéns à Escola por trazer este assunto à tona e discuti-lo com seus
alunos. Parabéns! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero dizer
que é uma satisfação muito grande recebê-los aqui - falo em nome do PMDB, em
meu nome, em nome dos Vereadores Haroldo de Souza, Sebastião Melo, Idenir
Cecchim, Bernardino, Professor Garcia - e que, realmente, nós precisamos
incentivar a formação da cidadania. É isso que vocês estão fazendo no dia a
dia, é a preocupação que todos nós temos. E uma escola como o Parobé, com a
história que tem, vem fazendo isso ao longo de décadas. É muito importante que
isso seja permanentemente estimulado através dessa dinâmica dos direitos
humanos, da exposição que hoje aqui é inaugurada, do estímulo entre professores
e alunos, para que as coisas tenham a dimensão que devem ter. Eu, como médico
há mais de 30 anos, me preocupo muito especialmente com os direitos ligados à
Saúde, ao SUS, porque é fundamental que tenhamos o Sistema Único de Saúde muito
forte; com o planejamento familiar, que é um direito humano básico,
fundamental, e esse exercício deve ser estimulado em toda sociedade. Então, eu
deixo, em nome do PMDB, a nossa abertura, o nosso apoio, a nossa consideração e
reconhecimento pelo serviço que vocês prestam com
toda a qualidade na Escola Parobé. Saúde para todos! (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Passo a
presidência dos trabalhos à Verª Sofia Cavedon.
(A Verª Sofia Cavedon
assume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Boa-tarde a
todos. Meus cumprimentos e as boas-vindas aos alunos, professores, à Direção do
nosso vizinho Parobé, que é um orgulho para Porto Alegre e para o Estado do Rio
Grande do Sul. Queria pedir desculpas por não estar presente no primeiro
momento, pois estava na cremação do nosso Diretor da Casa de Cultura Mário
Quintana, nós o perdemos precocemente, o Diretor e ator Marcos Barreto.
A Verª Fernanda
Melchionna está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada,
Presidente Sofia. Eu queria cumprimentar a equipe diretiva, a Professora
Carmen, as professoras e professores presentes, cumprimentar os pais e mães e,
sobretudo, cumprimentar os alunos, os estudantes. Eu fiz questão de falar aqui
da tribuna, porque há duas questões que são fundamentais. Primeiro, a luta que
as outras gerações fizeram para que uma escola como o Parobé seguisse sendo uma
escola de excelência. São 105 anos de história da escola e de gerações que
lutam em defesa da educação pública, que passam ao longo dos anos e que
garantem que hoje, ainda, o Parobé seja uma escola em ampliação e uma das mais
bem avaliadas no Ensino Médio da nossa Capital. Em segundo lugar, para debater
com os jovens que aqui estão a necessidade de a juventude tomar a política
também como sua.
Presidente Sofia, já
queria pedir tempo de Liderança, para poder falar um pouco com os nossos
estudantes que estão aqui presentes.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª
Fernanda Melchionna está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento e,
depois, prossegue em Comunicação de Líder.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Porque hoje,
cada vez mais, nós vemos a importância da juventude nas mudanças históricas
tanto do nosso País como nas mudanças do mundo. Eu, que vim da escola pública,
do movimento estudantil, muito tempo estive no DCE da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, lutando por mais vagas na universidade pública, assim como
centenas de pessoas fizeram pelo País inteiro, gostaria de dizer da importância
do ECA não só no que diz respeito à proteção dos jovens nas situações de
violência, à questão dos seus direitos, mas, sobretudo, no que diz respeito à
necessidade de tomar como direito questões fundamentais, como o acesso à
educação. Por isso, tem que se lutar para que haja mais vagas na universidade pública. Não é
possível que quatro milhões de jovens se inscrevam no vestibular, e sejam menos
de 80 mil as vagas para contemplar aqueles e aquelas que sonham em poder se
formar, em fazer uma universidade. Não é possível que, ainda hoje, a gente
discuta que a juventude, aos finais de semana, quase nunca tenha acesso a bens
culturais dentro dos bairros e à meia-entrada que, às vezes, é meio fajuta,
porque não vale nos shows, porque não
é permitida qualquer carteirinha para valer nos estádios de futebol! É
necessário que valha aos finais de semana! Ou estudante deixa de ser estudante
aos finais de semana, gente? Alguém de vocês deixa de ser estudante no final de
semana? Nos domingos não vale! Nós precisamos avançar na questão dos direitos!
A mesma coisa é o meio-passe! Nós temos uma
legislação que é fruto de muita luta do movimento estudantil: os estudantes
pagam meia passagem de segunda a sábado. Mas, no domingo, alguém deixa de ser
estudante? Alguém, por alguma razão, muda a sua condição e pode pagar uma
passagem mais cara? Aliás, uma das passagens de ônibus mais caras do Brasil! E
nós dizemos que estudante não é estudante só em dia de semana, também é
estudante aos domingos, porque a gente, quando vai ao Parque Marinha jogar
futebol com os amigos, também está aprendendo, está fazendo exercício e está,
enfim, desenvolvendo as nossas capacidades para aprender melhor. Quando a gente
vai ao teatro, aos domingos, também é questão de aprendizagem. E a juventude
tem que ser encarada como estudante, também, aos finais de semana! Por isso a
questão dos acessos, dos direitos, da possibilidade de ter uma chance de
primeiro emprego, quando a gente sabe que é muito difícil para a juventude
conseguir o primeiro emprego, em função da falta de experiência ou, muitas
vezes, porque o estágio, em vez de servir como aprendizagem, coloca lá a
juventude como mão de obra barata para boa parte das empresas. Há alguns
estágios e bolsas que valem a pena, mas são questões em que nós temos que
avançar.
É fundamental que a juventude tome a política mais
para si, não só a política partidária, porque, muitas vezes, a gente pensa em
política na época de eleição, na época do voto, de dois em dois anos. Mas
política também é quando a gente se organiza no grêmio da escola e reivindica
melhor merenda! Política também é quando a gente vai para a rua lutar por mais
vagas na universidade! Política também é quando a gente, no bairro, se organiza
para ter atividade cultural! Política também é quando a gente se entende
sujeito político, sujeito da sua própria história, não fica à mercê de meia
dúzia de caciques que, muitas vezes, se dizem os senhores da política. A verdadeira
política está nas ruas das cidades e dos países. Não é à toa que a juventude
foi fundamental para que nós derrotássemos a ditadura
militar e para que, hoje, todos nós pudéssemos votar e sermos votados; e está
inclusive aqui no plenário, porque a juventude esteve nas ruas para derrotar a
ditadura. Não é à toa que o único Presidente que saiu da presidência por conta
da corrupção teve, nas mãos da juventude, o principal ator de indignação e de
revolta vendo o dinheiro dos impostos pagos pelo povo brasileiro sendo desviado
para o solo sujo da corrupção.
Portanto, quero fazer
uma saudação a cada um dos estudantes presentes, porque a juventude tem que ser
levada a sério; é na juventude e no seu futuro que estão as possibilidades de
vivermos um Brasil melhor, com mais direitos e com a possibilidade de se ter um
mundo melhor. Parabéns ao Parobé, parabéns aos estudantes! Que os jovens tomem
conta da política e mudem a realidade no nosso País! (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente,
quero fazer uma saudação à Direção da Escola e às nossas Professoras que estão
conosco à Mesa, e faço uma saudação toda especial aos estudantes da Escola
Técnica Parobé. Quero dizer que eu, particularmente, tenho tido uma
oportunidade, talvez ímpar, de acompanhar, em primeiro lugar, o ensino público.
Muito poucas pessoas neste Estado tiveram a experiência que eu tive. Eu me criei,
morei talvez mais de 12 anos dentro de uma escola pública. Minha mãe era
professora estadual lá no Interior. Eu não me canso de dizer que a escola
pública merece e precisa uma atenção toda especial dos nossos governantes,
porque o caminho deste País é, sim, a educação. Eu não sou contra as escolas
particulares, a educação privada, claro que não. Agora, eu acredito que nós
precisamos intensificar ações na escola pública, até porque universaliza a
possibilidade de que todos participem e tenham uma boa educação. Eu sou um
homem que acredita na escola pública, compreendo a importância e a qualidade da
escola pública.
E quero dizer mais:
eu compreendo, conheço e acompanho há muito tempo a Escola Parobé, porque, como
eu estava falando, um dos primeiros diretores que tive, como
professor que sou e que fui, foi o Professor Jurandir Pinheiro, que foi um dos
diretores da Escola Parobé. Eu sei da grandiosidade da Escola, sei do
envolvimento dessa Escola junto à comunidade, sei da qualidade de ensino que a
Escola Técnica Parobé oferece ao porto-alegrense. E quero dizer que sou
Vereador de três mandatos, estive aqui desde 1988, e, com frequência, nós
recebemos aqui jovens, ou nem tanto, que gostariam de estar no Parobé.
Então, eu sei o que isso, com as ações que vocês desenvolvem,
com o envolvimento dos nossos estudantes, representa para o nosso Estado, para
o futuro de Porto Alegre e do nosso País também. Portanto, eu quero trazer aqui
um abraço a vocês, cumprimentar os professores, a Direção da Escola e também os
nossos jovens estudantes da Escola Parobé, que são, sim, jovens de futuro
promissor para Porto Alegre e para o Rio Grande. Um abraço a vocês! Obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, eu quero cumprimentar a Srª Carmen
Ângela de Andrade, que ocupou a Tribuna Popular trazendo essa mensagem positiva
que a tradicional Escola Técnica Parobé enseja, pela ação dos seus professores
e com a motivação dos seus alunos. Essa aliança do corpo docente com corpo
discente produz sempre, quando bem orientada, um resultado altamente positivo.
A escolha do tema - Direitos Humanos -, com ênfase no Estatuto da Criança e do
Adolescente, não pode ser mais atual. Ainda que o ECA esteja, neste ano,
completando 21 anos, o que seria a maioridade civil, não é absolutamente
desprezível; muito antes pelo contrário, é altamente recomendável que se faça
uma reflexão sobre as suas qualificações, os seus resultados e, sobretudo, as
eventuais conveniências de algumas alterações de rumo. Acho que abrir esse debate junto aos jovens, que obviamente são aqueles que melhor
qualificação têm para opinar sobre um assunto que lhes diz respeito diretamente,
não poderia ser mais inteligente, mais consequente e, sobretudo, mais digno de
apoio.
Então, sem o menor
temor de ser repetitivo, eu me somo aos demais companheiros de representação
popular que já se manifestaram, e apresento o meu aplauso, o meu apoio, a minha
solidariedade e a minha convicção de que esse trabalho dará excelentes
resultados, porque está sendo muito bem orientado e trabalha sobre um tema da
atualidade que merece uma profunda reflexão. Meus cumprimentos. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Aldacir José Oliboni está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento,
pela oposição.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, Verª Sofia Cavedon; também saúdo a nossa convidada do dia de hoje
na Tribuna Popular, a Professora Carmen, juntamente com as demais colegas;
saúdo os estudantes, cidadãos e cidadãs que, de uma certa forma, fazem parte
deste encontro.
Estava ouvindo
atentamente sobre essa luta da Escola Parobé e lembrava-me de dois grandes
programas que se podem “lincar” à luta de vocês. O primeiro deles diz respeito
à nossa Ministra Maria do Rosário, que sempre foi, vamos dizer assim, defensora
não só da criança e do adolescente, mas de políticas que garantam os seus
direitos. Ela é gaúcha e, hoje, Ministra; tem vindo a Porto Alegre desenvolver
um trabalho com os órgãos públicos e com as entidades. Por isso, nós, que temos
uma relação muito próxima com ela, nos colocamos à disposição se um dia a
Escola quiser discutir em nível de Ministério, de Governo, para implementar
políticas importantes que dialogam nessa direção.
A outra questão,
muito bem levantada pela colega Verª Fernanda, é a meia-entrada nos finais de
semana. Eu sou autor do Projeto de Lei que hoje está na Ordem do Dia. No ano
passado, chegamos a aprovar este Projeto para garantir aos jovens, nos finais
de semana, a meia-entrada. Infelizmente, a matéria foi aprovada por esta Casa
mas vetada pelo atual Governo. Estamos fazendo um outro movimento, um outro
Projeto, que poderá ser votado neste ano, nem que se reduza o desconto, porque,
hoje, os donos das casas de espetáculos dizem que é no final de semana que eles
têm a melhor receita e que têm a garantia da lotação de suas casas. Mas,
também, algumas vezes - eu tenho acompanhado isto -, eles promovem descontos.
Então, não há por que eles não dialogarem no sentido de reduzirem em 30% esse
percentual de desconto do final de semana. É evidente que nós temos que
dialogar com os jovens, mas também com aqueles que
promovem a cultura, porque nós, Vereadores ou Deputados, queremos o acesso a
esses movimentos ou a esses direitos, que tanto são defendidos por nós e pela
sociedade. Então, neste sentido, eu queria fazer uma parceria e, no momento em
que nós definirmos a votação, convidá-los para que, em função de serem
próximos, vocês estejam aqui conosco, do lado de cá, defendendo a ampliação
desses direitos para a meia-entrada no final de semana. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá,
Vice-Presidente desta Casa, está com a palavra nos termos do art. 206 do
Regimento.
O SR. DJ CASSIÁ: Srª Presidente, Srª
Carmen, educadores do Projeto, em primeiro lugar, quero dar, em nome da minha
Bancada, o PTB - com o Ver. Nilo Santos, nosso Líder; Ver. Nelcir Tessaro, Ver.
Alceu Brasinha e Ver. Elói Guimarães -, as boas-vindas aos alunos, aos
educadores, às educadoras, aos senhores, às senhoras e dar os parabéns à Escola
Parobé, pelo trabalho de desenvolvimento social e de oportunidade que dá ao
jovem, aquele que, muitas vezes, fica esquecido pelas políticas públicas. Quero
dizer às senhoras e aos senhores alunos que a Educação, no Brasil, não deveria
ter bandeira política. A Educação, no Brasil, deveria ser uma bandeira única.
Infelizmente, vivemos num País onde - não vou cansar de falar aqui -, de doze
meses que se trabalha, seis meses são para pagar impostos, que deveriam ser
direcionados para uma Educação de qualidade, uma Educação que desse
oportunidades ao nosso jovem. Mas, infelizmente, falta muito, falta muito ainda
para os nossos educadores serem mais valorizados, serem melhor aparelhados e
para o nosso jovem ter mais espaço dentro das escolas.
Não quero me
prolongar. Gostaria muito, Professor Garcia, que o filho daquele jovem que mora
lá no cantinho da periferia, onde ninguém entra, que me deu a oportunidade de estar aqui,
hoje, representando-o, que ele tivesse a mesma oportunidade que eu tive e que
estou tendo neste momento, de representá-los e de representar a sociedade.
Parabéns, Parobé; parabéns, jovens; parabéns, educadores. Obrigado (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Com a manifestação de todas as Bancadas, eu quero dizer à Direção e a cada aluno aqui
presente que vocês ouviram de todas as Bancadas várias iniciativas que pensam
na juventude. Nós, aqui nesta Casa, temos uma lição muito clara: quando a
cidadania se manifesta, Professora Carmem, a vida muda; mudam as políticas, e
se produz uma política nova, que, talvez, fosse impossível antes. Então, todas
as vezes que aqui se mexeu em direitos da juventude foi porque a juventude foi
às ruas, porque a juventude se manifestou. Há alguns anos, esta Casa ficou
lotada de jovens que protestavam contra o aumento das passagens. E, na semana
que passou, iniciou-se o Programa Vou à Escola para o Ensino Médio. Eu
comentava com a Professora Carmem que este ano é o projeto-piloto, dois mil
alunos terão passagem gratuita, e a luta foi da juventude. Começou no Colégio
Julinho, agora estou provocando o Parobé, para que apresente as suas
necessidades e ajude a pressionar. Nós sabemos que muitos jovens não chegam à
escola porque não têm como pagar nem a meia-passagem. E, aqui, foi pautado o
tema do meio ingresso para a entrada em espetáculos teatrais, culturais. Foi falado
aqui, pela Verª Fernanda e pelo Ver. Oliboni, sobre o uso do TRI também no fim
de semana. A Juventude está com muitas lutas em andamento, porque há uma falta
de acesso para a juventude, algo que o protagonismo de vocês pode transformar.
E não ser estudante passivo é a marca da Escola
Parobé. No ano passado, ouvimos as notícias da luta para manter o Ensino Médio,
e não só o técnico. Hoje a gente comemora, aqui na Câmara de Vereadores, para a
nossa alegria, os 105 anos da Escola Parobé, com atividades que se iniciam
hoje, Vereadores, e que terminam na Quinta Temática, da semana que vem. E
comemoram com o Ensino Médio, do primeiro ao terceiro ano, vibrando com uma
escola que não forma só para o trabalho, mas que apresenta um projeto de
cidadania. Então, nós queremos estimulá-los e ficamos muito felizes, enquanto
Legisladores, em recebê-los, porque nós só modificamos quando ouvimos vocês,
quando estamos pressionados por vocês, quando a necessidade do jovem chega ao
Parlamento. Então, parabéns!
Obrigada ao Jorge, à equipe do Memorial, por
acolherem a demanda da Escola. Agora assistiremos a um espetáculo, a uma
apresentação artística da Escola. Nós ainda vamos ter, na sexta-feira, um
documentário sobre Direitos Humanos, às 15 horas, sob o título “Comece por Você”,
aqui na Câmara também; no Cine Clube Debate, teremos o tema relações humanas,
das 15h30min às 17h30min, e, no dia 25, uma Quinta Temática com a palestra do
João Batista, Juiz da Infância. Que alegria - não é, Vereadores e Vereadoras? -
que uma Escola seja parceira, que encharque o Legislativo com a sua busca, com
a sua procura pela construção da cidadania! Parabéns! Longa vida ao Parobé! Que
continue transformando a vida da nossa juventude. Eu quero possibilitar às
professoras, se quiserem, uma fala de despedida, como é de praxe na Tribuna
Popular.
A Professora Cláudia Poli está com a palavra.
A SRA. CLÁUDIA
POLI: Boa-tarde a todos. Eu queria agradecer o apoio dos colegas também, por
trazerem os alunos, e principalmente agradecer aos alunos do 1º Ano, que
tiveram um brilhante olhar sobre a questão dos Direitos Humanos. Eles puderam
trazer, para a sociedade refletir um pouco e pensar, o nosso papel enquanto
educadores e o papel de vocês, enquanto alunos, com a força que vocês têm para
modificar esta sociedade, que está tão injusta. Para que a gente possa pensar
um futuro melhor, para que vocês possam ter um futuro melhor e fazer com que a
sociedade também possa repensar o seu papel hoje. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Parabéns, mais uma vez, a esse Educandário.
Interrompo a Sessão por alguns minutos para as
despedidas.
Estão suspensos os
trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h59min.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h01min): Estão reabertos os trabalhos da
presente Sessão.
Colocarei em votação Requerimento de inversão da
ordem dos trabalhos para que possamos passar à homenagem, votada para este
período de Comunicações, ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul,
BRDE.
Em votação o Requerimento de inversão da ordem dos
trabalhos. (Pausa.) Os Vereadores que o aprovam permaneçam como estão. (Pausa.)
APROVADO.
Passamos às
Hoje este
período é destinado a homenagear os 50 anos de criação do Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul, nos termos do
Requerimento nº 044/11 - Processo nº 2436/11, de autoria do Ver. Airto
Ferronato.
Convidamos para
compor a Mesa o Sr. José Hermeto Hoffmann, Diretor Administrativo do
Banco de Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, BRDE; e o Sr. Luciano
Feltrin, Superintendente da Agência do Rio Grande do Sul, também do BRDE. É uma
honra ter conosco a Diretoria do BRDE.
Assisti, Hermeto, na Federasul, tu estavas junto, a
um comparativo do índice dos valores em investimento que o Banco Nacional de
Desenvolvimento fazia ao longo do tempo comparado à trajetória do BRDE, e, para
meu espanto e de muitos dos empresários presentes, enquanto a linha do BNDES
aumentava, inclinava-se verticalmente, ampliando os investimentos, o nosso
Banco, o Banco do Estado não acompanhava, isso nos últimos anos. É um dos
retratos do distanciamento do Rio Grande do Sul em relação ao novo momento do
País. E a vinda de vocês, com certeza, é para anunciar as novas medidas que
modificarão essa realidade, porque o Rio Grande do Sul não pode mais ficar em
descompasso em relação aos investimentos. Um dos indicadores que contribuiu
fundamentalmente para que o Brasil enfrentasse esse momento de crise, Ver.
Reginaldo Pujol, crise que o mundo enfrenta hoje, é a manutenção de altos
índices de investimentos públicos, e isso se deve muito aos nossos bancos
públicos. Já o Banco do Estado do Rio Grande do Sul teve um comportamento um
pouco diferenciado: não acompanhou proporcionalmente o Banco Nacional, e são os
números que dizem isso. Então, eu quero dizer que nós temos uma realidade a
modificar, nosso Estado tem uma grande contribuição a dar, tem que enfrentar
miséria e pobreza, tem um potencial de desenvolvimento enorme, e nós precisamos
do nosso Banco azeitado. Tenho certeza de que é por esse motivo que o Ver.
Airto Ferronato propôs esta homenagem.
O Ver. Airto Ferronato, proponente desta homenagem,
está com a palavra em Comunicações.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Exma Srª Presidente da Câmara, estimada amiga e Vereadora
Sofia Cavedon; quero fazer uma saudação especial ao Diretor Administrativo do
BRDE, o Sr. José Hermeto Hoffmann; ao Superintendente da Agência do Rio Grande
do Sul, o Sr. Luciano Feltrin, e dizer da importância de tê-los conosco nesta tarde.
Eu tive a oportunidade de acompanhar aquela
homenagem que se fez ao BRDE na Assembleia Legislativa. Tenho e tive a
oportunidade de acompanhar a história e as ações do BRDE, até porque trabalhei
e me aposentei na Secretaria do Estado do Rio Grande do Sul. Lá no BRDE, tenho
muitos amigos e conhecidos - assim posso dizer, porque andei dando umas aulas -
e tenho diversos ex-alunos que atuam hoje no BRDE com eficácia e sabedoria.
Quero dizer também que tive a oportunidade de atuar na Afisvec como Vice-Presidente,
no mesmo prédio do BRDE.
Quando soube do aniversário do BRDE e instigado por
pessoas – meus conhecidos e amigos ali do BRDE, que estão conosco hoje à tarde
-, imediatamente encaminhei este pedido, para que se fizesse este registro,
esta homenagem ao Banco. Por quê? Porque o nosso País se desenvolve muito
especialmente pelas ações da estruturação pública, mas também com o olhar
privado no meio dessa ação, e eu diria que o nosso Banco tem esta visão e tem
esta missão de trazer ao Extremo Sul do nosso País - e hoje agregado o Mato
Grosso - exatamente essa possibilidade, vamos dizer assim, até de
constitucionalidade legal, que é desenvolver essas ações aqui na nossa Região
Sul.
Eu tenho alguns números, de clientes, dos bilhões
captados, investidos, mas prefiro falar por outro viés: da relevância que é a
prestação dos serviços financeiros de que trata o BRDE como uma alavanca à
região onde está nosso Estado, a Região Sul do nosso País. Bem pouco tempo
atrás, tive a feliz oportunidade de participar de um curso de Mestrado na
Fundação Getúlio Vargas, quando escrevi a dissertação “A Micro e a Pequena
Empresa no País”. Essa dissertação foi aprovada como uma tese na Fundação
Getúlio Vargas, e a Editora Atlas, para minha satisfação e felicidade, a
publicou como livro: “Gestão Contábil-Financeira de Micro e Pequenas Empresas:
Sobrevivência e Sustentabilidade”. A experiência nessa área, também como
professor, me mostra a importância dos pequenos negócios no contexto do País.
Quero fazer, de novo, um parêntese: quando escrevia
minha dissertação, acompanhava notícias nos jornais, na imprensa; em diversas
oportunidades aconteceram medidas do Governo Federal para incentivar empresas
maiores do País. Imediatamente eu ia ao Banco do Brasil ver que taxa de juros
cobrava o Banco do Brasil aos pequenos. Enquanto as medidas traziam 8%, 9% ao
ano aos grandes, aos pequenos era de 2,57% ao mês. Quero dizer da importância
de uma instituição financeira pública no contexto do financiamento aos grandes
- claro que sim, necessariamente sim -, mas também e principalmente às pequenas
e microempresas. O BRDE tem esse caminho, tem essa história, tem essa
trajetória, tem suas linhas de crédito para isso. Portanto, a história de 50
anos do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico aqui do Sul é exatamente
uma história que fomenta o desenvolvimento - e vamos falar daqui - de Porto
Alegre, do nosso Estado. Por isso um abraço todo especial à Direção, parabéns à
Direção. Um abraço todo especial, fraterno e carinhoso aos seus servidores e
funcionários, pela relevância dos seus serviços. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ADELI
SELL: Boa-tarde a todas e a todos! Srª Presidente, meu caro Hoffmann, meu
caro Feltrin, é uma honrar falar neste momento – estamos aqui com a nossa
Bancada de Vereadores do PT – e prestar uma grande solidariedade e apoio
concreto às ações do BRDE. Nós sabemos, Hoffmann, da importância dos
financiamentos nos dias atuais, do quanto isso é importante, de um modo geral,
especialmente para alguns setores que necessitam muito, como é a agricultura.
E, dos vários financiamentos para agricultura, eu pude observar dois programas
que considero fundamentais, e quem sabe o Rio Grande do Sul comece a mudar um
pouco sua matriz organizativa no meio rural: a fruticultura e a
floricultura.
A fruticultura é a mais simples, é a mais
conhecida. Muitas vezes, fala-se da fruticultura iniciada lá em Vacaria, mas
esse não é o único lugar do Rio Grande do Sul em que se plantam frutas; eu sei,
inclusive, da produção de frutas que existe hoje na área das Missões. Mas eu
considero que a floricultura, meu caro Hoffmann, meu caro Feltrin, deveria ser
um ponto de maior estudo de todos nós, a começar pela nossa Cidade. Porto
Alegre é a maior consumidora per capita
de flores no Brasil. As flores que nós consumimos vêm normalmente de Holambra,
São Paulo, quando elas não vêm da Colômbia via São Paulo, via Vale do Caí.
Muitas vezes, pensa-se que plantamos muitas flores, meu caro Ferronato, no Vale
do Caí; sim, relativamente, mas há muita coisa que vem de São Paulo e é apenas
revendida aqui no Vale do Caí. Portanto, essas duas formas de financiamento
considero fundamentais. Quem sabe a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e
do Mercosul, que trata da questão do desenvolvimento econômico e social da
nossa Cidade – temos dois agrônomos aqui, o Comassetto e o Todeschini -, possa
fazer um debate, aqui nesta Câmara, sobre o financiamento nessa área rural, onde
temos flores e frutas, e que hoje sofre a pressão da área da construção civil,
fazendo com que deixemos de produzir flores e frutas na Capital.
Na área da indústria, comércio e serviços em geral,
eu gostaria de destacar aqui a questão da tecnologia: é preciso financiar a
tecnologia no Rio Grande do Sul. Nós podemos exportar a carne que quisermos
exportar; eu sou defensor do incentivo à produção de carne, de leite, de aves,
mas tem que financiar a alta tecnologia. A soja que a gente manda para fora não
dá nem a metade, porque nós pagamos royalties
para os softwares e hardwares que estamos trazendo de fora.
Portanto, esse é um elemento importante, meu caro
Hoffmann, continuem nessa linha, nessa perspectiva, que é importante para o
desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Como já disse o amigo Ferronato, com
relação à micro e pequena empresa, Porto Alegre ainda não fez a Lei Geral da
Micro e Pequena Empresa, Vereador e Líder do Governo, meu caro Dib. E o que
está havendo? Nós temos a Lei da Micro e Pequena Empresa em mais de 340
Municípios do Rio Grande do Sul, incentivada pelo Sebrae.
O Sr. Mauro
Pinheiro: V. Exª permite um aparte?
O SR. ADELI
SELL: Sim, meu caro Mauro Pinheiro, que é um pequeno empresário, sabemos da
importância e do trabalho da Frente Parlamentar que V. Exª preside aqui nesta
Casa.
O Sr. Mauro
Pinheiro: Ver. Adeli Sell, estive com o Prefeito, com o Sebrae e com o Secretário
da SMIC, e ele falou que em uma semana apresentaria a Lei Geral da Micro e
Pequena Empresa. Já se passaram dois meses, e, até agora, nada. Muito obrigado.
O SR. ADELI
SELL: Nós queremos essa legislação. Também nada da infraestrutura. E gostaria
de destacar principalmente dois pontos, Hoffmann e Feltrin. Primeiro,
saneamento básico, não podemos perder, o saneamento básico público no Rio
Grande do Sul tem que ter financiamento, para que a gente possa trabalhar a
questão do saneamento e da energia. E, segundo, em relação ao setor público
municipal, é fundamental que continuemos com a parceria do BNDES, o grande
fomentador do desenvolvimento neste País, e ele tem que estar mais focado na
área pública. E o BRDE eu sei, pelas relações que tem, vai continuar nessa
trilha. Vida longa ao nosso BRDE, contem com a Câmara Municipal de Vereadores,
proponho as pautas e agendas necessárias nesta Casa, estaremos ao lado de
vocês. Um abraço a toda a Diretoria do BRDE e um abraço especial aos nossos
amigos Hoffmann e o Feltrin. Boa tarde. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Se não houver mais inscrições em Comunicações sobre
o tema... Não fui informada... Sim, Ver. Pujol, é que temos aqui uma
pré-inscrição. Vossa Excelência deseja falar em Comunicação de Líder?
O SR.
REGINALDO PUJOL: É que V. Exª perguntou se não haveria inscrições
sobre o tema.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, não; é que temos pré-inscritos.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Eu gostaria de me manifestar sobre o tema, só não
consto na relação.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ou V. Exª troca o período, ou usa Liderança. O
Ver. Elói também não está nessa condição. Como não fui informada sobre quem
havia optado para se manifestar em Comunicações... Não havia mais opções.
Então, se Vossas Excelências quiserem, podem usar Comunicação de Líder ou fazer
uma troca. O Ver. Brasinha...
O SR. REGINALDO
PUJOL: Presidente, venho, há um tempo, dialogando com V. Exª, mas não quero
tumultuar a ordem dos trabalhos. Evidentemente, quando V. Exª anunciou que
havia inscritos para falar sobre o tema, eu julguei que estávamos na
quinta-feira, quando há inscrição efetiva, mas hoje não há essa possibilidade,
e deixei de falar com o Ver. Bernardino Vendruscolo, que não está aqui no
momento, a quem eu pediria um tempo, se ele pudesse me conceder. Mas, já que
isso não foi possível, arranhando um pouco o Regimento, quero dizer que me somo
às homenagens pelos 50 anos do BRDE e digo que, na sua história, existem
grandes benefícios para o Rio Grande do Sul que jamais poderão ser apagados.
Não dá para fazer comparação com o BNDES, porque o BNDES é do Brasil forte e poderoso,
e eles fazem investimentos de recursos poderosíssimos, às vezes não bem
aplicados, o que não é o caso do nosso BRDE, que tem três Estados parcimoniosos
– para usar um adjetivo muito leigo – que não investem no Banco há muito tempo,
e o BRDE vai atuando com as suas possibilidades e com os repasses que consegue
do BNDES. Sei que faz isso com muita responsabilidade, com muito espírito
público e, sobretudo, voltado para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e Paraná. Meus cumprimentos!
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está feito o registro, Ver. Reginaldo Pujol.
O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Alceu Brasinha.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sr. Hoffmann e Sr. Feltrin,
Diretores do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul; demais técnicos
e funcionários dessa grande instituição, agradeço ao Ver. Alceu Brasinha, que
nos permitiu fazer algumas reflexões nesta homenagem, proposta pelo Ver. Airto
Ferronato.
Inicialmente, gostaria de dizer que há 50 anos,
junto com os Estados de Santa Catarina e Paraná, o Estado do Rio Grande do Sul,
governado por Leonel Brizola, criou essa grande instituição financeira para o
desenvolvimento regional. Hoje, incorpora-se à instituição o Estado do Mato
Grosso. Em um país continental como o nosso, de 8 milhões de quilômetros
quadrados, com um conjunto de diversidades que diríamos até culturais, com
riquezas imensas, criar um instrumento focado na regionalidade parece, só por
isso, que alcança as finalidades propostas. O BRDE é uma grande sigla que
retrata uma instituição que deu certo na Região Sul do nosso País, por tudo que
ele vem fazendo ao longo desse tempo e pelo que fará daqui para frente, na
medida em que ele incide, de forma direta, no desenvolvimento; ele irriga, por
assim dizer, os mais diferentes setores da economia e fundamentalmente a
economia agropastoril do nosso Estado e da Região Sul.
Fica aqui o registro, nesta curta intervenção, de
saudação, de cumprimentos à atual Diretoria do BRDE, ao seu quadro
qualificadíssimo de técnicos e servidores; fica aqui a homenagem da Bancada do
PTB. Já mencionei aqui o agradecimento ao Ver. Alceu Brasinha por nos conceder
o seu tempo.
O Sr. João
Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, eu
sou grato a Vossa Excelência pelo aparte. Além do incremento que o BRDE deu à
economia do Rio Grande, de Santa Catarina e Paraná, ele nos trouxe nomes
extraordinários: Guilherme Socias Villela, Mauro Knijnik, Francisco Campos,
Babot Miranda, Mayer Avruch, Pratini de Moraes e tantos outros. Preparou gente
extraordinária para ajudar o Rio Grande a crescer em todos os setores.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Muito bem. Então, fica aqui a homenagem, a saudação, o reconhecimento e
agradecimento da Câmara Municipal à figura do BRDE e aos seus dirigentes.
O Sr. Mauro
Zacher: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nesses últimos
segundos, eu também, em nome da Bancada do PDT, quero fazer uma saudação aos 50
anos do BRDE, instituição que tanto colabora para o desenvolvimento do nosso
Estado e que é tão importante para os diversos setores da economia. Então,
longa vida! Que continue financiando a nossa economia. Parabéns!
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Obrigado, Presidenta. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Elói. Eram essas as manifestações.
O Sr. José Hermeto Hoffmann, Diretor Administrativo
do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, está com a palavra.
O SR. JOSÉ
HERMETO HOFFMANN: Quero saudar
a Exma Presidenta,
companheira Sofia Cavedon; o Exmo Ver. Airto Ferronato, que
proporciona esta homenagem ao nosso Banco; os Exmos Srs. Vereadores
aqui presentes; ilustres servidores e servidoras do nosso BRDE que estão
prestigiando esta atividade; visitantes e jornalistas que nos honram com as
suas presenças. Promover e liderar ações de fomento ao desenvolvimento
econômico e social da Região Sul, apoiando as iniciativas governamentais e
privadas, através do planejamento e do apoio técnico, institucional e
creditício de longo prazo, é a missão do Banco Regional de Desenvolvimento do
Extremo Sul, o BRDE. Criado em 1961 pelos Governadores Leonel do Brizola, do
Rio Grande do Sul; Ney Braga, do Paraná, e Celso Ramos, de Santa Catarina, o
BRDE trouxe, ao longo desses 50 anos, mais de 65 bilhões de reais para os
estados-membros, contribuindo, de modo decisivo, para gerar emprego e renda
para as populações ali situadas, por intermédio da indústria, do comércio, dos serviços,
especialmente dos pequenos microempresários e do setor agropecuário.
Ouço aqui dizer que a agricultura no Rio Grande não
teria a pujança que tem se não fosse o nosso BRDE. Da mesma forma, o setor
cooperativista, que acabou servindo de modelo para todo o Brasil, não teria
surgido com a força que surgiu não fosse através do BRDE. Para termos uma
ideia, apenas em 2010, o Banco viabilizou 2,2 bilhões de reais em
investimentos, o que gerou uma arrecadação anual adicional estimada em 236
milhões de reais em ICMS na Região Sul do País. O apoio a esses empreendimentos
possibilitou ainda a criação ou a manutenção de 50 mil postos de trabalho, dos
quais 10 mil são de empregos diretos. Ao final de 2010, o BRDE contabilizou
mais de 35 mil clientes ativos, cujos empreendimentos financiados estão
localizados em 1.047 Municípios, abrangendo 88,1% dos Municípios da Região Sul
do País. Só em 2011, até junho, o saldo de operações de crédito do BRDE foi de
6 bilhões e 722 milhões de reais.
Com base em valores sólidos, como o compromisso com
o desenvolvimento regional, a valorização do conhecimento técnico, a
autossustentabilidade e a gestão colegiada, o BRDE tem sido um dos
sustentáculos das atividades produtivas dos Estados do Sul tanto no campo como
nas cidades. Esse é o segredo para comemorar 50 anos de credibilidade e
solidez. Parabéns pela iniciativa, Ver. Airto Ferronato, e muito obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Convido o Ver. Airto Ferronato para, ao
encerrarmos esta homenagem, fazer a entrega do Diploma alusivo aos 50 anos do
BRDE, para contribuir no seu fortalecimento.
(Procede-se à entrega do Diploma.)
(O Ver. DJ Cassiá reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. DJ Cassiá; colegas Vereadoras e Vereadores,
público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje; nós, há pouco tempo,
ouvimos na tribuna o colega Ver. Bernardino Vendruscolo falar muito a respeito
da Semana Farroupilha. É um evento de grande importância que acontece na nossa
Cidade e que tem, com certeza, uma repercussão em nível de Estado. Ver. DJ
Cassiá, que preside os trabalhos neste momento, todos piquetes, ou piqueteiros,
têm a possibilidade de acampar ao lado da Câmara de Vereadores, no Parque da
Harmonia. E tanto o Vereador que dialoga com esse segmento como alguns projetos
que nós já aprovamos nesta Casa, dentre eles, um do próprio Ver. Bernardino,
que institui a Semana Farroupilha em Porto Alegre, fazendo algum regramento...
Há um outro Projeto, que é de minha autoria, possibilitando que o Conselho
Gestor da Semana Farroupilha – composto pela Secretaria de Cultura, a SMIC,
outras Secretarias e o MTG – institua anualmente uma prestação de contas sobre
os recursos arrecadados e sobre onde eles são investidos, Ver. Comassetto. A
lei, que é de minha autoria, aprovada por unanimidade nesta Casa e sancionada
pelo Prefeito, infelizmente foi em vão, porque nenhum desses órgãos, seja
municipal ou MTG, veio a esta Casa se propor a fazer a prestação de contas.
É muito oportuna a indignação do nobre colega Ver.
Bernardino, quando ele fala que, uma vez constatadas as irregularidades,
encaminhou o caso ao Ministério Público, porque, enfim, o Governo não cobrou
das suas Secretarias, nem mesmo do MTG, a prestação de contas, que hoje é lei e
que deveria ser cumprida. A final de contas, nós estamos aqui não só para
fiscalizar esses serviços como também para possibilitar que a Cidade ofereça a
todos aqueles - são mais de um milhão de pessoas - que
participam da Semana Farroupilha um evento que, a cada ano, apresente um menor
preço e uma melhor qualidade nos produtos ali ofertados, porque há uma
reclamação geral, meu nobre Líder do Governo, Ver. João Antonio Dib. Além de
ser um período em que chove muito, muitas vezes há dificuldades de acesso, por
isso teria que haver essa contrapartida, essa prestação de contas, para dizer
qual o programa para o ano seguinte, se vai haver uma infraestrutura melhor por
parte do Governo, seja na drenagem desse local; enfim, para dizer que tipo de
projeto será desenvolvido. Nós percebemos que algumas obras estão sendo feitas
para o próximo mês, quando acontece esse evento, mas também percebemos que os
inúmeros recursos arrecadados com parcerias, sejam das cervejarias ou do
comércio que ali se estabelece, ficam aquém da possibilidade do cidadão de
Porto Alegre ou do Rio Grande do Sul. Por exemplo, lá o preço ofertado para o
almoço está bem aquém do preço de mercado. Segundo dizem os locatários, isso é
em função das taxas que pagam para estarem lá.
Então, eu acho
oportuna a indignação do colega Ver. Bernardino, como oportuno é o Projeto que
nós aprovamos aqui para que se implemente, sim, uma prestação de contas, para
se poder dizer que a Câmara está vigilante, está observando, por ser um evento
que se utiliza de recursos públicos e que faz parcerias. Não somos contra as
parcerias; pelo contrário, acho que elas têm que existir, mas são recursos
públicos, e alguns deles são mal utilizados. Com certeza, não só os piqueteiros
como a população ficarão indignados, por não serem bem utilizados esses
recursos e por não haver uma infraestrutura adequada.
Assim, faço um apelo
ao Governo para que cobre do MTG, para que cobre das Secretarias envolvidas;
que esta Câmara seja reconhecida e prestigiada; que esses cidadãos venham fazer
a prestação de contas, garantindo que foi um evento bom e que no próximo ano
será cada vez melhor. Esse é o apelo que faço neste período de Comunicações. Os
Projetos aqui são apresentados para trazer mais direitos e mais transparência
naquilo que defendemos, e, com certeza, o Executivo deverá defender a mesma
linha. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações.
(Pausa.)
O Ver. Beto Moesch
está com a palavra em Comunicações.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, na
quinta-feira nós tivemos um evento muito interessante - alguns Vereadores
participaram - sobre resíduos da construção civil; tema, inclusive, que foi
debatido aqui no plenário numa quinta-feira, Sr. Presidente. Por um lado, Porto
Alegre avançou muito nos últimos anos com relação aos resíduos domésticos; transformou
os lixões em aterros sanitários, implantou a coleta seletiva, embora apenas 25%
dos porto-alegrenses separem o lixo, mas temos a coleta seletiva. Com relação
aos resíduos domésticos, Porto Alegre, por incrível que pareça, é referência no
Brasil e na América Latina. Também com relação a resíduos hospitalares. A
partir de 2003, 2004, os hospitais públicos e privados, ou seja, a fonte
geradora, destinam os resíduos para um local que descontamina esse resíduo e
depois faz a reciclagem. Porto Alegre é uma referência também latino-americana
na destinação e tratamento adequado dos resíduos hospitalares.
Mas Porto Alegre -
isso ficou bem claro, mais uma vez, na quinta-feira - continua com um sério
problema para enfrentar os resíduos da construção civil. E, quando se fala em
resíduo da construção civil, Ver. Todeschini, não é apenas da iniciativa
privada, é o resíduo geral, o que o público e o privado geram nas ruas, nos
prédios públicos, edifícios, nas avenidas, na dragagem. E agora ainda haverá
uma ampliação impressionante de resíduos gerados em virtude da Copa do Mundo.
Hoje nós não estamos preparados para isso. Por quê? Porque o Município, ao
contrário do resíduo doméstico e ao contrário do hospitalar, tardou a enfrentar esse problema; tardou. Havia um aterro não licenciado
na Serraria, o qual não pode mais ser utilizado, e dois aterros na Zona Norte,
também um já não pode mais ser utilizado. Apenas uma área recebe resíduo da
construção civil, lixo que é triado, reciclado, triturado para fazer o agregado
para a própria construção civil. O aterro é exemplar, mas, proporcionalmente ao
tamanho do Município, é uma atividade que está muito longe para atender ao
volume de resíduos gerados da construção civil de Porto Alegre, que é, em
média, de 2 mil toneladas/dia, sem falar na Copa do Mundo.
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Beto Moesch. Eu quero
corroborar com a sua manifestação porque, de fato, pelo volume, pelas
quantidades que o senhor acabou de expressar em números, 2 mil toneladas/dia,
isso é muito significativo, muito impactante. Por isso o senhor, mesmo depois
da passagem pela Secretaria ou durante a sua passagem, teve o cuidado de enviar
para cá o Plano de Manejo de Resíduos Sólidos, que se faz necessário, pois é
preciso criar uma cultura, uma vez que há resistência tanto da iniciativa
privada quanto do Poder Público de enfrentar esse problema através da
reciclagem, como forma inclusive de preservar o meio ambiente. Cumprimento
Vossa Excelência pela manifestação e receba a minha solidariedade também.
O SR. BETO MOESCH: Obrigado.
Justamente, eu ia
colocar que nós já temos uma legislação mais do que suficiente para colocar em
prática no sentido de que o gerador se responsabilize pelo resíduo gerado. O
que impressionou na quinta-feira é que o setor da construção civil continua
achando que quem tem que destinar áreas para os seus resíduos é o Poder
Público, mas não é assim! Não é o que a lei diz. Quem gera o resíduo é o
responsável por ele, inclusive pela área a receber esse resíduo gerado, para
transformá-lo em agregado. O Poder Público também não faz isso. O Poder
Público, quando faz uma obra aqui em Porto Alegre, não aproveita o resíduo como
agregado. Em Curitiba, por exemplo, o hoje Governador Beto Richa fez, e já
concluo, Sr. Presidente, só para encerrar a frase...
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Concedo mais
um pequeno tempo para que termine seu pronunciamento.
O SR. BETO MOESCH: Obrigado.
Vejam como há
solução. Em Curitiba, toda rua ou avenida a ser feita tem que,
obrigatoriamente, segundo Decreto do atual Governador Beto Richa, então
Prefeito, usar a caliça - usar o resíduo da construção, ou do desfazimento de
algo - para fazer, então, o contrapiso daquela avenida, daquela rua. Na obra, a
mesma coisa, o operário tem de ser capacitado, ele tem de receber a orientação
de que tem de fazer a separação do resíduo, porque a caçamba está dentro da
obra, não está na rua, ela está na rua quando é o pequeno gerador. Ou seja,
precisamos avançar muito nisso, mas, enquanto acharmos que isso é competência
do Poder Público apenas, nós não vamos avançar. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Encerramos o
período de Comunicações.
Passamos ao
O Ver. Dr. Raul
Torelly está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Sr. Vereador,
Presidente DJ Cassiá; Vereadores, Vereadoras, todos os que nos assistem, eu
venho neste momento do Grande Expediente fazer uma apresentação de uma
cronologia de ações que venho desempenhando enquanto tenho um mandato nesta
Casa, porque, ao longo de muitos anos, como médico nas nossas populações mais
carentes – até hoje ainda milito nesta área -, sempre me preocupou de uma
maneira muito forte a questão do planejamento familiar, ou seja, de as famílias
pobres terem muito mais filhos do que planejam e de as famílias mais abastadas
conseguirem chegar ao planejamento familiar.
(Procede-se à
apresentação em datashow.)
O SR. DR. RAUL TORELLY: Quando cheguei a esta
Casa, a minha primeira iniciativa... E aqui eu falo um pouco das iniciativas
que venho tendo ao longo desses anos, para que aqueles que conhecem um pouco do
meu trabalho, que estão nos assistindo, possam ter uma dimensão desta atuação.
A minha primeira iniciativa nesta Casa foi em 2005, quando primeiro Suplente
aqui, assumi temporariamente e apresentei Projeto de Lei criando o Centro
Municipal de Planejamento Familiar. A partir daí, estive nesta Casa algumas
vezes. Esse Projeto foi tramitando, e, desde então, vim acompanhando a matéria.
Conseguimos, no final de 2007, fazer com que esse Projeto, depois de muita
discussão nesta Casa - falavam que havia restrições da Igreja e de segmentos da
sociedade, o que, na realidade, acabou não se configurando -, fosse aprovado nesta
Casa. Esse Projeto, então, foi enviado para receber a sanção do Prefeito José
Fogaça.
Nesse meio tempo,
ainda em 2007, já preocupado com essa matéria, o Deputado Frederico Antunes,
que presidia a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, colocou como foco,
no seu ano de Presidente, a questão do planejamento familiar. Imediatamente me
associei a essa ideia, lá estive participando de algumas ações nesse sentido, e
foi firmado um Protocolo de Intenções pelo Estado do Rio Grande do Sul, pelos
seus vários órgãos, capitaneado pela Assembleia Legislativa, para que todas as
entidades interessadas em fazer com que funcionasse, realmente, o planejamento
familiar no Estado do Rio Grande do Sul assim o fizessem. Então, saí daquele
ato com a ideia de fazer o mesmo na cidade de Porto Alegre, assinando aquele
Protocolo, e, imediatamente, apresentei nesta Casa um Projeto criando um
Protocolo de Intenções para a cidade de Porto Alegre, para que as entidades de
Porto Alegre pudessem se associar, de imediato, às iniciativas do planejamento
familiar. Apresentei o Projeto de Lei criando o Protocolo de Intenções
Municipal para a promoção do planejamento familiar em Porto Alegre, proposta
que foi aprovada e, depois, sancionada em 2009 e hoje é a Lei Municipal nº
10.658, de 2009.
Em 2007, também,
presidi a Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa, no meu primeiro ano de
mandato, uma vez que entrei nesta Casa em substituição ao Deputado Federal
Ibsen Pinheiro, na época Vereador; tive oportunidade, que me foi dada pelo meu
Partido, o que muito agradeço, de presidir a Comissão de Saúde e Meio Ambiente
aqui da Casa. Lá foquei de maneira muito forte a questão do planejamento
familiar; realizamos seminários, como foi o de políticas públicas voltadas para
o planejamento familiar, e também o de ferramentas para implementação dos
programas de planejamento familiar em Porto Alegre.
Dando sequência ao
trabalho nessa linha, nós continuamos, permanentemente, vigilantes e atuantes
na área do planejamento familiar. Constituímos, em 2007, uma rede de palestras
na Cidade, em parceria com a Unimed Porto Alegre, foi uma grande parceira,
junto às escolas públicas, às associações de moradores e também a algumas
empresas. Realizamos, na época, dezenas de palestras, e até hoje somos
solicitados para, eventualmente, fazermos palestras nesses locais. Fazendo o
quê? Levando informação, divulgação e fazendo com que principalmente os
adolescentes, os operários, as pessoas de comunidades mais carentes soubessem o
que é o planejamento familiar, como chegar a ele, de que maneira planejar
efetivamente as suas famílias, seja através da contracepção, seja buscando ter
uma prole digna. Assim fizemos e continuamos permanentemente atuando nessa
área. (Mostra slide.) Ali temos
algumas palestras, fotos, enfim.
Então, dentro dessa
linha, achávamos também muito importante que a sociedade se mobilizasse em cima
dessa matéria, e procuramos constituir um conselho municipal basicamente para
tratar das questões de planejamento familiar. Propusemos, junto à Casa, a
criação do Conselho Municipal de Planejamento Familiar. Ele foi aprovado,
sancionado e hoje é a Lei Municipal nº 617, de 2009.
Dentro da sequência
dessa linha de atuação, nós estivemos sempre buscando a criação efetiva do
Centro Municipal de Planejamento Familiar de Porto Alegre, estávamos desde 2005
o buscando. Conseguimos fazer com que esse Projeto andasse. Ele foi aprovado,
como já falei, aqui na Câmara, foi dirigido ao Prefeito Municipal, que o
sancionou, e nós saímos na busca da implantação efetiva deste Centro aqui em
Porto Alegre. Assim como criamos, aqui na Casa, em 2008, em cima desse trabalho
forte que vínhamos realizando, a Frente Parlamentar em Defesa do
Planejamento Familiar, que já fez uma série de ações importantes na Cidade.
(Mostra slide.) Aqui está o momento da instalação, com alguns Vereadores e
pessoas de ONGs voltadas ao planejamento familiar. Ali os Vereadores que fazem
parte, desde o início, desta nossa Frente Parlamentar; são 20 Vereadores, eu
tenho a satisfação de presidi-la, e o Ver. Dr. Thiago é o Secretário.
Como já falei, houve a sanção do Centro Municipal
de Planejamento Familiar através da Lei Municipal nº 10.384/08. Após essa
sanção, foi muito grande a luta no sentido de que a gente instituísse,
efetivamente, o planejamento familiar através de um centro municipal gratuito,
pelo qual as pessoas pudessem ter acesso direto e, também, através da rede de
saúde. Hoje qualquer pessoa pode chegar ao 4º andar do Hospital Presidente
Vargas - onde foi criado, em 2009, o Centro Municipal de Planejamento Familiar
- e conseguir, diretamente, o agendamento para resolver questões ligadas a essa
área. Seja uma menina que está iniciando sua vida sexual ou uma senhora que
queira fazer laqueadura, ou um senhor que queira fazer vasectomia, tudo que
passe pela contracepção; inclusive, a investigação e o tratamento da
infertilidade. Para isso, estabeleceu-se no Hospital Presidente Vargas, em
2009, o Centro, que está ativo hoje. Se somarmos, já atendeu milhares de
pessoas desde o seu início, e é uma referência em Porto Alegre para essas ações
que nós tentamos, permanentemente, qualificar, expandir e valorizar.
(Mostra slide.) Aqui temos a inauguração em 2009,
com a presença da então Primeira-Dama do Município, Isabela Fogaça, uma grande
incentivadora da implantação do Centro em Porto Alegre. E continuamos sempre
trabalhando nessa linha. Fizemos um diagnóstico da dificuldade das pessoas de
baixa renda, das pessoas mais pobres, muitas vezes, de chegarem à consecução
dos métodos de planejamento familiar. Passamos, então, ao trabalho de
informação, de busca ativa e de facilitação do acesso, para que essas pessoas
possam, efetivamente, fazer o seu planejamento familiar. Isso nós fizemos a
partir da criação do Centro, informando, levando informações e facilitando o
acesso das pessoas através dessa dinâmica que já realizamos. E agora, com essa
questão da miséria, é muito importante trabalharmos o planejamento familiar,
porque muitas das pessoas que vivem em situação de miséria têm vontade de fazer
o planejamento das suas famílias, mas não conseguem, muitas vezes, nem uma
passagem de ônibus para chegar até o local onde isso é feito.
Então, precisamos informar e dar um acesso efetivo
para que isso aconteça. Um dos grandes trabalhos que eu vislumbro como
importantes na busca de terminar com a miséria, de qualificar a sociedade, de
terminar com a extrema pobreza, é o de realmente fazer com que essas pessoas
tenham a dignidade de exercer esse direito humano básico, facilitado pela
política pública, para que haja um mecanismo direto de acesso, que não se
precise, simplesmente, esperar. Nós precisamos ser pró-ativos e fazer com que
haja, realmente, uma busca ativa, para que o planejamento familiar chegue
efetivamente até aquelas pessoas que estão querendo fazê-lo.
Em 2011, tivemos a oportunidade de realizar, em
parceria com a ONG Posso, um Fórum Municipal de Planejamento Familiar aqui na
Casa. Foi um sucesso, contou com mais de 350 participantes, entre médicos,
enfermeiros, psicólogos, estudantes, em que ficou bem clara a necessidade que a
sociedade apresenta de fazer essa busca ativa, para que as pessoas vão até o
planejamento familiar, mas, também, para que o Governo chegue até essas pessoas
- são mais de 50 mil, na Grande Porto Alegre, que estão em situação de miséria
e extrema pobreza -, oferecendo, informando e dando acesso ao planejamento
familiar. Esta foi, basicamente, a apresentação.
Para concluir, existe um Projeto de Lei tramitando
na Casa, está protocolado, justamente nesse sentido. Ele cria o Programa
Municipal de Combate à Miséria através do planejamento familiar. Nós estamos
permanentemente engajados nessa luta e sempre buscando facilitar, para que as
pessoas possam definir uma qualidade de vida e uma prole digna para si e para
suas famílias. Basicamente, esta é a apresentação sobre o tema, na qual eu
coloco que a saúde passa pelo planejamento familiar, que é um problema não só
de saúde, mas, também, de meio ambiente, moradia, habitação, educação, combate
à drogadição; toda essa situação passa por um planejamento familiar efetivo.
O Sr. Dr.
Thiago Duarte: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Dr. Raul, quero saudá-lo por essa longa trajetória e iniciativa no sentido
de pensar, legislativamente, a questão do planejamento familiar. O senhor
merece os nossos parabéns por todo esse trabalho, que tem possibilitado às
mulheres escolher quantos filhos querem ter. Parabéns, siga assim. Mais uma
vez, nós nos congratulamos e nos associamos a essa sua ideia.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Eu agradeço muito o seu aparte e não posso deixar de reconhecer o seu
trabalho nessa área na Cidade, o que, também, não é de hoje, buscando fazer com
que principalmente aquelas pessoas de baixa renda consigam ter acesso,
dignidade e que consigam, através do planejamento familiar, ter uma evolução
melhor na sociedade.
Gostaria de deixar uma mensagem aos
técnicos-científicos do Estado do Rio Grande do Sul: nós estamos lutando junto
para que o que foi aprovado na Assembleia Legislativa – a Gratificação de
Incentivo Científico – efetivamente seja valorizado e implementado pelo Governo
Tarso Genro. Isso já não foi implantado na fase final do Governo Yeda; agora,
foi prometido pelo Governador Tarso e não está sendo honrado. Nós estamos
permanentemente buscando que esses recursos sejam colocados para os servidores
de nível superior, que tanto merecem e que estão há 20 anos tendo dificuldades
e trabalhando por muito pouco valor. Está na hora de haver o reconhecimento com
a implantação dessa gratificação, pois as categorias – são mais de 40 envolvidas
– merecem pelo trabalho digno que prestam ao nosso Estado do Rio Grande do Sul.
Obrigado. Saúde para todos!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra em
Grande Expediente.
(O Ver. Toni Proença assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Eu queira reiterar que este espaço de Grande Expediente é,
efetivamente, o espaço que temos para fazer colocações sobre os Projetos que
estão sendo discutidos na Casa, para delinear a nossa atividade legislativa e
aquilo que temos feito. Ele é muito importante para o Vereador, e eu vou fazer
isso neste tempo. Separei alguns temas que estiveram em pauta nas reuniões da
Comissão de Saúde e Meio Ambiente, que trabalhamos, que como costuma dizer o
Ver. Bernardino, enfrentamos no primeiro semestre.
Começo falando dos resíduos - sobre os da
construção civil o Ver. Beto Moesch falou aqui -, atendo-me aos que existem nos
valos, fruto de áreas de loteamento irregular, principalmente no Extremo Sul da
Cidade, na Restinga, o que muito nos tem preocupado. Foi realizada uma reunião
da Comissão de Saúde nesse sentido, em junho deste ano, e temos a promessa do
DEP de solução para essa situação.
Quero mencionar aqui a reunião que foi feita -
estavam presentes também os Vereadores Dr. Raul e Aldacir Oliboni - com relação
ao instituto médico Estratégia de Saúde da Família, que deverá ter o seu
primeiro concurso realizado em agosto, o mais tardar em setembro deste ano de
2011, o que, certamente, vai possibilitar que se amplie a Estratégia de Saúde
da Família na Cidade, que hoje é de 32%, seguramente para em torno de 50%.
Conseguimos aprovar aqui um Projeto, junto com o
Ver. Bernardino Vendruscolo, que se refere à Semana de Combate a Verminoses e
Protozoonoses, a se realizar em abril. Certamente, esse evento é muito
importante no que se refere ao esclarecimento sobre essas patologias, que,
infelizmente, existem e assolam a nossa população, principalmente a da
periferia da Cidade.
Estivemos, junto com outros Vereadores da Comissão,
visitando várias praças, Ver. Oliboni. A que mais nos chamou a atenção, a praça
da Glória, deve ter um outro olhar a partir deste segundo semestre. É uma
comunidade bastante engajada naquele processo. Estivemos lá duas vezes. E tivemos
da SMAM a grata surpresa de dar uma atenção especial àquela praça da Glória.
Esta Casa aprovou, por unanimidade, o Plano de
Carreira de Cargos e Salários dos Médicos, Projeto que teve uma votação
histórica, porque é um tema difícil de enfrentar, e o Prefeito Fortunati e o
Secretário Casartelli, com todas as suas habilidades, conseguiram enfrentar e
normatizar uma situação que vai possibilitar que o Município tenha, felizmente,
a partir de agora, especialistas. O cargo de Médico do Município passa a ser atrativo
para os especialistas.
Estivemos - através das reuniões extraordinárias do
Fórum de Discussão de Urgências e Emergências de Porto Alegre - visitando
vários hospitais. Visitamos o Hospital Vila Nova e outros hospitais, junto com
a Secretaria Municipal da Saúde. O Hospital Vila Nova está mostrando o seu
projeto de ampliação de 200 leitos clínicos e 20 leitos de UTI. Estivemos no
Hospital Parque Belém, Ver. Dr. Raul - o senhor estava junto -, e lá observamos
o projeto da implantação imediata do seu Pronto Atendimento, com 30 leitos, e
os 30 leitos clínicos de uma ala que foi deixada pelo IPA. Na última semana,
estivemos no Hospital de Clínicas, numa discussão que foi feita inicialmente na
tribuna desta Casa e que, depois, foi levada à Comissão de Saúde; enfim, fomos
conhecer o Hospital de Clínicas e tomamos pé da situação real lá existente. O
Hospital de Clínicas ser 100% SUS significa fechar 20 leitos SUS. Por quê?
Porque os hospitais privados e os convênios, efetivamente, sustentam parte do
Hospital - e não fomos nós que dissemos isso, não foi a Secretaria Municipal de
Saúde: foi o Ministério de Educação e Saúde, que esteve presente lá e ratificou
isso.
Quero também comentar as iniciativas de equoterapia
que têm ocorrido na Cidade, principalmente vinculadas à Brigada Militar e ao
nosso Exército. Estivemos presentes na reinauguração do Picadeiro Regimento
Osório do Exército, uma obra que foi incentivada e teve verba agregada a partir
do Senador Sérgio Zambiasi - é importante que se faça esta consideração - e que
vai possibilitar o tratamento de diversas pessoas com deficiência,
principalmente crianças, jovens, adolescentes com retardo mental e com dificuldades mentais.
Não posso deixar de
falar, nessa retrospectiva, da grande vitória que tiveram a Restinga e Belém
Novo, com a questão dos lotações; e pudemos ter contato com os lotações, Ver.
Mauro Pinheiro - o senhor estava lá -, na quinta-feira, com o Prefeito
Fortunati, desmistificando, mostrando efetivamente que os lotações vão ser de
muita qualidade, que vão ter ar-condicionado e que vão ter quesitos de
acessibilidade, algo que só têm as modernas e novas lotações.
Estivemos presentes
no bairro Sarandi, Ver. Mauro Pinheiro, vendo as Unidades de Saúde que estão em
reforma e, na semana que passou, estivemos na Unidade de Saúde Belém Novo. Foi
dito aqui nesta tribuna, no momento em que aquela Unidade teve que ser
desativada, que foi um grande pesar, porque o prédio estava para cair. Hoje é
uma Unidade moderna, reformada, realmente dá prazer de os servidores trabalharem
lá; isso a gente pôde ver in loco: a
satisfação dos servidores, podemos ver isso nos seus semblantes. Um grande
abraço a todos os servidores que labutam na UBS Belém Novo, uma Unidade que tem
terceiro turno.
Também tivemos a
oportunidade de participar, junto com a Comissão de Saúde e com o conjunto dos
Vereadores, da aprovação, por quase unanimidade, Ver. Mauro Pinheiro, do
Projeto da Secretaria Especial dos Direitos Animais, SEDA, que tem feito
discussões, incursões e atividades nas comunidades mais periféricas da Cidade.
Destacamos a presença da Secretaria na discussão que tivemos na última
terça-feira sobre a Leishmaniose, provocados pelo Sindicato Rural; a Secretaria
veio aqui e colocou um ponto de vista que é diverso, que é diferente do da equipe
de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde. No dia 18, na próxima
quinta-feira, vai haver uma ação da SEDA na frente da Unidade Sanitária do
Lami.
Discutimos na
Comissão, também, a questão da água e a questão do Alvará Provisório; são
questões importantes que se referem à Saúde e ao Meio Ambiente. Tivemos
oportunidade, neste ano de 2011, Sr. Alexandre, de conceder a Comenda Porto
do Sol à Mestre Tala, uma líder religiosa lá do Extremo Sul da Cidade e do
bairro Lami, situação que muito nos emocionou aqui.
Tivemos, Dr. Raul, uma discussão com o Dr. Márcio
Pizzato, da Unimed - o senhor citou a Unimed aqui -, e conversamos com ele
sobre duas questões fundamentais: a questão do nosso planejamento familiar em
que a Unimed, como já foi sua parceira, pode também ser nossa parceira, e,
principalmente, o Dr. Márcio Pizzato, Presidente da Unimed, que é o Chefe da
Anestesia do HPS, discutindo as dificuldades da questão da anestesia não só na
rede pública, mas na rede privada, dificuldades que têm que ser combatidas. E
só se consegue avançar nesse processo na medida em que temos um melhor salário.
Visitamos, Ver. Dib, o Abrigo Marlene, que está sob
a tutela e o gerenciamento de uma grande pessoa que foi companheiro aqui na
Câmara, que realmente está fazendo um excelente trabalho lá; e é importante que
possamos observar esses bons exemplos, essas boas experiências que temos tido
tanto na Saúde quanto na Assistência Social.
Tivemos oportunidade também de ter três reuniões na
CEEE, principalmente no que se refere à luz da Região Extremo Sul da Cidade,
Ver. Comassetto, o senhor também que é um preocupado com essa questão. Tivemos
a grata surpresa, a grata notícia de que, felizmente, teremos o projeto da rede
provisória, neste segundo semestre, para aquelas comunidades da Primavera,
Camboim, Araçá e Hortênsias do Varejão e a colocação da luz também nessas
comunidades. E, na Parada 21, Ver. Toni, Proença, que também milita lá, teremos
essa colocação provisória até o início do ano de 2012.
O Sr. Dr.
Raul: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Thiago,
apenas para registrar, eu, que estou na Comissão de Saúde e Meio Ambiente há
quatro anos, acho que realmente a sua gestão tem sido muito forte, muito
dinâmica e tem, a todos os momentos, enfrentado questões importantes da Cidade,
assim como foram as gestões anteriores: a gestão do Ver. Todeschini, do Ver.
Oliboni, da Neuza Canabarro, a minha, enfim. Acho que as Comissões, muito
especialmente a Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Casa, funcionam muito bem,
a COSMAM está permanentemente ajudando a sociedade porto-alegrense a ter uma
saúde e um meio ambiente melhores.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Muito obrigado, Ver. Dr. Raul. Eu diria que é a
nossa gestão coletiva. Eu, isoladamente, não conseguiria atingir e abordar
essas pautas.
Quero também falar aqui de uma coisa que me causou
muita alegria: o anúncio, pelo Secretário da SMOV, das obras, dos 500 metros do
Beco da Vitória, que vão ser pavimentados agora, pois ali não passava ônibus. A
licitação já está acontecendo.
Quero comentar aqui também sobre a grande
receptividade do Diretor da EPTC, Vanderlei
Cappellari, no intuito de acolher as demandas da comunidade e, realmente, dar
andamento a essas situações. Há a questão sempre presente da ampliação das
linhas dos ônibus, principalmente na Região Sul e Extremo Sul da Cidade,
especialmente duas linhas de ônibus que muito me preocupam: as linhas 267-1 e
267-2. São linhas que passam pelo bairro Lageado, indo em direção ao bairro
Lami.
Também
não esqueço de lembrar a questão da sinaleira - Ver. Dr. Garcia, que já falou
nesse assunto na tribuna, e Ver. Melo, que mora na região - situada entre a Av.
Juca Batista e o início da Av. Serraria. Tivemos o compromisso do Diretor
Vanderlei Cappellari de realmente analisar com profundidade essa situação.
Gostaria
também de me manifestar sobre um Projeto que, provavelmente, deve entrar na
Ordem do Dia, sobre o qual já tivemos a oportunidade, inclusive, de fazer um
programa na TVCâmara. Esse Projeto é sobre os trotes aplicados ao Serviço de
Atendimento Médico de Urgência, que
respondem por cerca de 30% das ligações para o SAMU. São ligações indevidas que
acabam fazendo com que os receptores dessa ligação - os técnicos de enfermagem,
médicos, enfermeiros - percam tempo, não podendo atender a outros chamados. Às
vezes, quando o trote é bem construído, acabam encaminhando indevidamente um
veículo para atendimento desse trote. Temos que nos debruçar e enfrentar esse
tema. A nossa sugestão é que possamos fazer isso aprovando o Projeto que prevê
uma multa para o autor dessas ligações indevidas.
Agradeço
desde já, Ver. Toni Proença, e agradeço a todos os
colegas que, sem dúvida nenhuma, têm colaborado com este Vereador iniciante
neste esforçado mandato. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver.
Toni Proença; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, aqueles que nos assistem pelo Canal 16 e público nas
galerias, hoje fui motivado, Ver. João Dib, pela presença dos nossos convidados
ao falarem das microempresas. O Ver. Airto Ferronato prestigiou-os com a
entrega do Diploma.
Quero relembrar que
no dia 13 de maio, Ver. Sebastião Melo, marquei uma audiência com o Prefeito
Municipal José Fortunati, para tratar de assunto referente às microempresas.
Fui acompanhado pelo Superintendente do Sebrae, o Sr. Léo Hainzenreder, para
tratar da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, tão necessária, tão importante,
pois são elas as maiores geradoras de emprego no nosso País e na nossa Cidade.
A minha surpresa foi, quando cheguei para tratar com o Prefeito, encontrar lá o
nosso Secretário Municipal da Indústria e Comércio, convidado pelo Prefeito,
Ver. Valter Nagelstein. Em princípio, o Secretário ficou brabo, porque eu
estava pedindo, Ver. Pedro Ruas, a Lei Geral da Microempresa junto com o
Sebrae, falando para o Superintendente do Sebrae: “Não entendo por que vocês
estão aqui? Sabem que eu estou fazendo a Lei Geral, já está pronta; na semana
que vem, vou entregá-la lá na Câmara para ser apreciada pelos Vereadores”. Eu
disse que, se eu soubesse, nem teria ido ao encontro com o Prefeito. O meu
intuito fui simplesmente trazer essa lei para Porto Alegre, porque é importante
para as microempresas, Verª Fernanda Melchionna. E o Secretário disse: “Não,
essa lei já está pronta, não precisava ter vindo aqui”.
Só que a audiência com o Prefeito foi marcada em 13
de maio de 2011, e até agora a Lei Geral das Microempresas não chegou a esta
Casa, Ver. Todeschini. O que está acontecendo? Qual é o problema? O problema é
que o Executivo, o Secretário e o Prefeito assumiram um compromisso com o
Sebrae, com este Vereador e com o Presidente da Frente Parlamentar das
Microempresas e até agora nada apresentaram. Já passaram três meses do período
para apresentação da lei, e o que está acontecendo com a Prefeitura Municipal
de Porto Alegre, em que o Secretário e o Prefeito não conseguem se entender?
Trata-se de uma simples lei, necessária para o desenvolvimento econômico da
Cidade, mas por que não vem para esta Casa? É um apelo de todos os
microempreendedores desta Cidade: que facilitem.
A Presidente Dilma, junto com o Congresso, está
aprovando o Supersimples, ajudando no crescimento das pequenas empresas, e
Porto Alegre, infelizmente, ainda não tem a Lei Geral da Microempresa. É um
absurdo! Será falta de vontade ou de gestão, Ver. Antonio Dib? Será que o
Prefeito sabe que essa lei não chegou até agora no Município? Porque o Secretário
se comprometeu perante o Prefeito - e eu tive paciência, Ver. Sebastião Melo,
porque estou aguardando há três meses - de que em uma semana ela estaria nesta
Casa. Não dá nem para dizer que a oposição reclama por ser oposição, porque
estou aguardando há três meses o envio da lei! Essa lei é necessária para o
micro ou pequeno empreendedor crescer, para que ele possa gerar cada vez mais
empregos. Sabemos que poderá haver recessão, então vamos incentivar o comércio,
vamos incentivar os pequenos empreendedores, para que cresçam, Ver. João Carlos
Nedel.
Precisamos da Lei Geral da Microempresa, o Sebrae
sabe que é necessária e já possui um modelo formatado, que quase todo Estado já
tem; Porto Alegre, a Capital, ainda não! Será que o Prefeito sabe, Ver. João
Antonio Dib, que o Secretário ainda não encaminhou a lei para esta Casa? O
Secretário assumiu o compromisso perante o Prefeito. E agora, com a criação da
Secretaria do Trabalho, a SMIC perderá força. Vamos ter um pouco mais de
carinho com...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. MAURO PINHEIRO: Para concluir, então:
Ver. Sebastião Melo, o que está acontecendo com a gestão de Porto Alegre? O que
acontece com a SMIC? Ela, além de tudo, perderá força com a criação da
Secretaria do Trabalho, que já tem nome: ou é Cláudio Janta ou é Pompeo. Vamos
lá, Prefeito! Vamos ter uma melhor gestão! Onde está a gestão, Ver. João
Antonio Dib?!
(Não revisado pelo
orador.)
(A Verª Sofia Cavedon
reassume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, meus senhores e
minhas senhoras, fácil mesmo é criticar, o difícil é construir. O Ver. Mauro
Pinheiro quer o projeto da micro e pequena empresa; posso informar a V. Exª que
o Projeto está sendo elaborado e, nos próximos dias, chegará a esta Casa.
Eu estou falando no tempo do meu Partido. Tenho
algumas vezes aqui falado da criação de novos Municípios e, agora, de novos
Estados, que não trazem progresso, não trazem vantagens, só trazem problemas.
Vejam a Itália, que está passando por um período de dificuldades, é comentada
aqui na coluna do Armando Burd (Lê.): “A Tesoura pega. Diminuir o número de
prefeituras é uma das medidas do governo italiano para enfrentar a crise
econômica; as que não puderem se sustentar serão acopladas a outras”.
Há poucos dias, eu mostrei aqui o Município de Barra
do Ribeiro, que tem um hospital que levou 14 anos para ser construído. Começou
com o Governador Jair Soares em 1986 contribuindo com verba do Estado e ficou
pronto no ano de 2000. Em 2011 o hospital continua fechado, com equipamento
comprado e encaixotado; talvez com equipamento comprado há uma década, que não
é mais utilizável, nem moderno o suficiente para o atendimento. Só que o
hospital não abriu. Agora, o Município tem 12.500 habitantes e uma receita
mensal de um milhão e duzentos, mas tem Câmara, tem Prefeito, tem Secretários e
tem cabos eleitorais dos Deputados, que lá estiveram para encontrar uma maneira
de fazer funcionar o hospital, porque mandam 60 ou 70 pessoas diariamente para
Porto Alegre, e o hospital lá não funciona, nunca foi inaugurado!
Mas esses mesmos Deputados já estão preparados para
criar mais 26 Municípios, estão todos assanhados, porque teremos mais
Prefeitos, mais Vereadores, mais cabos eleitorais, mais candidatos a Deputados.
Enfim, nada de útil para o Estado do Rio Grande do Sul, que tinha, em 1985, 233
municípios e, hoje, tem 496. E nada cresce nesses Municípios, nem a população,
porque, para que se instalasse o Município seria necessário que houvesse 5 mil
habitantes e 1.800 eleitores. Na hora da emancipação, dava-se um jeito e
acontecia, mas, hoje, uma grande parte deles não tem os 5 mil habitantes e não
tem os 1.800 eleitores. Então, dividiram a miséria, porque, se esperam receber
o Fundo de Participação dos Municípios, quero dizer que esse não serve
praticamente para nada. E, se o Município tem 5 mil pessoas, não deve ter mais
que mil imóveis. E, aí, o IPTU nós sabemos o que representa, pois nesses
Municípios não há indústrias, eles não têm serviços essenciais. E como é que
sobrevivem? Mas vão fazer mais novos Municípios, criando dificuldades de toda a
sorte para o Estado do Rio Grande do Sul, que tinha, na época do Governador
Jair Soares, 32 mil brigadianos para 233 Municípios, e hoje nós não chegamos a
25 mil brigadianos para 496 Municípios. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Prezada Presidente, meus colegas Vereadores e Vereadoras, retorno à tribuna depois de uma semana em que proporcionei
ao meu colega Ver. Paulo que assumisse o mandato. A primeira questão que quero
deixar registrada é que vejo com muita tristeza os parlamentares brasileiros
estarem agindo, lá em Brasília, como estão em relação à Presidente Dilma. Acho
que ela está absolutamente correta nas atitudes que tem tomado. Este País tem
que ser passado a limpo. Um dos grandes cânceres desta Nação se chama
corrupção. O dinheiro que falta para moradia daqueles que moram em casebres no
Brasil afora, para as crianças que não têm escola, para os velhos que não têm
aposentadoria é o dinheiro que alguém surrupia. Assim, este País, infelizmente,
ainda não é uma república, porque não temos o sentido republicano, tristemente
- começando pelo meu Partido, que é um grande Partido, mas está na contramão da
história. Querer fazer lobby para
emenda, negociatas... Tem gente dizendo que o País não pode virar uma delegacia
de polícia! Isso é uma barbaridade! Dou meu total apoio à Presidente Dilma.
Em segundo lugar,
quero fazer uma sugestão a V. Exª, Presidente: V. Exª lidera um colégio de
Líderes competentes, eu não vou tratar essa matéria com fundamentalismo, mas
acho que a Câmara de Porto Alegre recebeu em 2004 três Vereadores sem pedi-los,
quando o Jobim judicializou uma matéria que era do Congresso Nacional. Nós
éramos 33 Vereadores, e acho que a nossa Câmara não precisa - com todo respeito
a quem pensa diferente - ter mais um Vereador para se fazer representar, porque
ela está muito bem representada. Portanto, essa matéria nem sequer deveria vir
a Plenário; primeiro, porque não é questão de anuidade, essa matéria não
precisa ser enfrentada este ano, pelo menos até onde tenho entendimento
jurídico, ela não se trata de matéria eleitoral. Agora, eu não vou tratar nem
do custo, a democracia tem custos, sim, e é muito importante para este País!
Mas estou falando na política.
Cá para nós, e V. Exª
conhece bem essa matéria, quando eu limito o gasto de 4,5 a 7,5, eu posso
gastá-lo no pico de baixo ou no de cima. Então, não existe essa história de que
vão aumentar o número de Vereadores no Brasil sem aumentar despesa; isso não
existe! Isso é factoide! Agora, que está errado uma cidade com 3 mil moradores ter 9
Vereadores, isso está errado! Mas eu não vou correr, porque ninguém quer
diminuir. Porque a lei diz o seguinte: até 37. Para propor aumento, tem que ser
da Mesa Diretora, porque tem que ter despesa; agora, para propor diminuição,
pode ser qualquer um. Eu não estou propondo nem a diminuição, nem o aumento. Eu
não vou propor a diminuição de Vereadores, não vou caminhar nessa direção.
(Aparte antirregimental do Ver. João Antonio Dib.)
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Não, a lei diz o seguinte: até 37, Ver. Dib.
Portanto, podem ser 33, 31, 23 ou podem ser 24. Correto, mas a lei diz que a
Câmara tem que enfrentar essa matéria.
Eu quero aqui dizer, Presidente, que, sob a sua
liderança - essa é uma matéria interna das Lideranças -, se deve conversar,
tirar a temperatura das Bancadas, e eu acho que nós podíamos enfrentar isso lá.
Eu acho desnecessário que venha. Esta Casa é enxuta, tem feito os cortes
necessários e vem ao longo do tempo contendo a despesa. Então, não vamos buscar
uma manchete negativa, porque ela não precisa disso. Se fosse aumentar de 20
para 30... Não, é de 36 para 37. Então, nenhuma Bancada vai deixar de estar
representada aqui por causa de mais uma cadeira. Fica aqui esta sugestão.
E quero dizer, Ver. Mauro, que V. Exª está fazendo
um papel que às vezes o Brasil não tem, que é o de fazer oposição. A oposição
faz bem à democracia. Quando o Vereador cobra do Governo, eu acho isso muito
interessante. Eu acho que o Líder do Governo já respondeu. Democracia sem
oposição é democracia que não funciona, e no Brasil tem faltado oposição. Com
ela, talvez as coisas não tivessem chegado aonde chegaram: esse loteamento.
Para mim, governabilidade tem outro sentido, que é o interesse do povo, e não
arrumar loteamento de cargos, como tem acontecido no Brasil, não só na
presidência da Dilma, mas na presidência do Lula, do Fernando Henrique, do
Collor. E aqueles que não lotearam bastante até foram tirados do poder. Então,
eu acho que esse conceito de governabilidade é um conceito que tem sido usado
para o mal neste País. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; meus colegas,
Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, venho aqui em nome da Liderança
do meu Partido, o PT, para trazer uma postura muito tranquila, neste momento,
de reconhecimento ao Senador Pedro Simon. Neste momento, lá no Senado Nacional,
o Senador Pedro Simon está lançando um movimento anticorrupção e de apoio à
Presidenta Dilma pelo início da faxina que ela está fazendo no Governo Federal.
Tenho muitas discordâncias, Pedro Ruas, do Pedro Simon, mas, no momento em que
se assume a postura de ter e estar em um governo de coalizão, tem que se estar
de fato e de direito, e não só para buscar benesses para o seu Partido e para os
seus correligionários.
Ver. João Antonio Dib, hoje pela manhã, estive
representando esta Casa em um ato do Governo Federal, com o Ministro das
Cidades, o Deputado Mário Negromonte, que representava o Governo. Ali foi dado
o início da obra de 26 milhões do Governo Federal, em conjunto com o Governo do
Município e Trensurb, para fazer o aeromóvel, do trem até o Aeroporto, uma bela
iniciativa - Governo de coalizão, Ministro do PT. Falo isso, Ver. Sebastião
Melo, que aqui me antecedeu, que trouxe a sua opinião a respeito e também na
defesa da Presidente Dilma, porque somos um país com grandeza, um país com
riqueza, um país que se firma e se afirma no cenário internacional - somos o
quarto país maior credor dos Estados Unidos. Enquanto nós estamos com um processo
de afirmação econômica, social e política, por exemplo, a maior potência do
mundo vem cambaleando e esteve na iminência, semana passada, retrasada, de
constituir um colapso econômico para o mundo. Não há nenhuma democracia que se
sustente se não houver uma transparência na sua gestão pública, se não houver
uma transparência nos gastos públicos.
Portanto, Verª Sofia Cavedon, o meu Partido, o
nosso Partido, através da Presidente Dilma, que governa em coalizão, e nós,
aqui no Rio Grande do Sul, que também governamos em coalizão, podemos dizer,
inclusive, colegas Vereadores da base do Governo Fortunati, que aqui também tem
que ser passado a limpo. E eu digo isso porque o Prefeito José Fortunati tem a
mesma postura da Presidente Dilma: não admite corrupções.
Agora, por que alguns Projetos não andam, ou andam
no caminho errado, aqui em Porto Alegre também? Então, esse é um tema que não é
só do Governo Federal nem só do Governo do Estado ou do Governo Municipal. É um
tema da gestão pública. E nós precisamos encarar isso, defender uma Reforma
Política, e que no centro dessa Reforma também esteja a questão da gestão
pública. Uma gestão pública com transparência e com a certeza de que as leis
aprovadas, seja a Lei de Diretrizes Orçamentárias, os Orçamentos ou outras,
sejam efetivadas e aplicadas com transparência, e isso está longe de acontecer
na gestão pública em todas as esferas. Falo isso porque a Presidente Dilma tem
tido uma postura muito clara de enfrentar esses problemas de desvios de
recursos em projetos que são fundamentais para o País, que são fundamentais
para a afirmação da política, que são fundamentais para determinar a forma e o
formato dos relacionamentos entre os partidos, quando se faz uma coalizão e uma
coligação. E não pode, depois, vir a chantagem na troca de votações, por
benefícios particulares para partido A ou B.
Portanto, em nome do PT, Ver. Sebastião Melo e
demais membros do PMDB, viemos saudar o Senador Pedro Simon por, neste momento,
estar formando um movimento, lá no Senado Nacional, contra a corrupção e em
defesa da Presidente Dilma. Um grande abraço. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito ao Ver. DJ Cassiá que assuma a Presidência
dos trabalhos, pois desejo me manifestar.
(O Ver. DJ Cassiá assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Tempo
de Presidente.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Ver. DJ. Eu queria apenas compartilhar com o conjunto dos
Vereadores o que discutimos hoje na Mesa sobre a importante quinta-feira que
teremos nesta Casa. Por vários elementos, alguns que não controlamos, como a
agenda de pessoas importantes, nós teremos três atividades na quinta-feira, dia
18 de agosto. A nossa Quinta Temática será um momento de depoimento sobre a
Legalidade, quando teremos ex-Vereadores e Vereadoras compondo um painel com
jornalistas e funcionários que inclusive vivenciaram aquela época, a juventude,
para relembrar o Movimento da Legalidade em Porto Alegre. Nós queremos dar voz
a testemunhos da história ligados à cidade de Porto Alegre. Será a nossa Quinta
Temática mediada pelo jornalista Juremir.
A segunda atividade, às 16h30min, é uma atividade
já da Frente Parlamentar de Combate à Miséria, para trabalhar uma Porto Alegre
sem miséria, composta pelos Vereadores Toni Proença, Pedro Ruas, Maria Celeste,
Dr. Raul Torelly, que estão mobilizando esforços no sentido de que Porto Alegre
participe dos dois grandes programas, o federal e o estadual, e potencializem
aqui programas que estão sendo propostos tanto pela Presidente Dilma quanto
pelo Governador Tarso Genro, para que Porto Alegre possa enfrentar o tema da
miséria da forma mais eficaz e consequente.
Nós temos quatro eixos que acumulamos, Ver. Pedro
Ruas – corrijam-me se for necessário, Verª Celeste -, que são os eixos dos
programas. Porto Alegre está muito longe de usar todas as possibilidades de
vagas de Bolsa-Família, há muita família na miséria, sem acesso a esse
programa. E a Busca Ativa é para inclusão em vários programas, não só no
Bolsa-Família; a Busca Ativa é para as crianças irem para a escola, porque o
que nós estamos vendo na Santo André, por exemplo, é que as crianças estão
trabalhando, não estão indo para a escola.
O segundo eixo importante é a movimentação de políticas
que transformam a condição de miséria, e um dos temas desafiadores -
conversamos, hoje, na Mesa Diretora, Ver. Toni - é o Programa Minha Casa, Minha
Vida para pessoas com renda
de zero a três salários mínimos, Ver. Dib, problema para o qual temos que pensar
uma solução. Talvez tenhamos que alterar o programa para que Porto Alegre tenha
a possibilidade de fazer 12 mil casas populares, Ver. Pedro Ruas, porque só fez
e teve condição de fazer 190, perto de 200. O próprio Diretor do DEMHAB pediu
ajuda, pediu um esforço, e este Legislativo precisa movimentar esse tema,
porque os mais pobres começam a sua dignidade com uma moradia em que não chova
dentro, que não tenha barro e onde não passe vento. Então, esse é um exemplo de
um dos programas que podem modificar a miséria.
O outro tema é o tema da autonomia. Às 16h30min
desta quinta-feira, nós teremos aqui o Marcio Pochmann, Presidente do IPEA, que
vai nos trazer dados sobre a miséria no Estado do Rio Grande do Sul, vai nos
dar elementos, Ver. Paulinho Rubem Berta. É importante os Vereadores
priorizarem esta quinta-feira para ficarem aqui, pois compartilharemos
elementos para orientar a nossa atuação.
O Sr. Nelcir
Tessaro: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Presidente, só para
esclarecer, porque eu vi a senhora falando que precisa de mais incentivo o
Programa Minha Casa, Minha Vida destinado a
pessoas com renda de zero a três salários mínimo. Eu quero lhe dizer que, na
Restinga, estão sendo construídos 3.700 apartamentos para pessoas que recebem
na faixa de zero a três. O que nós precisamos é selecionar melhor as pessoas de
zero a três, porque eu conheço os quatro loteamentos que estão sendo
construídos; inclusive o Estado cedeu uma área em que as obras têm que iniciar,
logo que aprovadas, de 1.600 apartamentos, na Av. Edgar Pires de Castro, 5.060.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Não é a informação que o Vereador e Diretor do DEMHAB nos deu, Ver.
Tessaro.
O Sr. Pedro
Ruas: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Eu só quero
aproveitar para cumprimentar V. Exª pelas iniciativas políticas e pelo seu
pronunciamento no dia de hoje.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Pedro Ruas, já chego à iniciativa de Vossa Excelência. Na verdade,
é coletivo, e quero que a gente possa as retomar. Então, dei o exemplo de um
dos programas que precisam ganhar volume. Na cidade de Porto Alegre, nós temos
pelo menos três programas importantes que vão interferir nisso, que é a
movimentação do Aeroporto, sim, que está interferindo na Vila Dique, mas toda a
parte de perto da freeway está ainda
em condições de miserabilidade; é o Programa Integrado Entrada da Cidade, que
está absolutamente atrasado - absolutamente atrasado! -, dinheiro do Fonplata,
que também pega mais de mil famílias na entrada da Cidade, Ver. Toni, e há programas
como o Pisa, que também construirá moradias populares. São programas que a
Câmara precisa acompanhar, para que não se percam na burocracia, para que
superem impedimentos, barreiras, para que alcancem a moradia popular, a
população mais pobre em Porto Alegre. Os outros dois elementos são a autonomia,
programas de trabalho e renda e de profissionalização.
Por fim, nós estamos pensando, elaborando...
Queremos sugestões e, com o nosso grupo, valorizar as boas práticas. Então,
conclamo para, quinta-feira, estarmos juntos conversando sobre o tema. Às 18h -
e aí quero que o Ver. Pedro Ruas e a Verª Maria Celeste, Presidentes das duas
Comissões, façam apartes -, nós teremos a Raquel Rolnik. Por favor, Verª Maria
Celeste, acho que é um esforço das duas Comissões de trazer uma representante
da ONU para esta Casa, algo que também segue no tema da moradia e que traz
elementos importantes de debates e de instrumental para a nossa Cidade.
O Sr. Pedro
Ruas: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Quero registrar, em
agradecimento a V. Exª pela oportunidade, que a ONU tem uma Relatora-Geral, uma
única pessoa em todo o mundo, para um Relatório da Copa do Mundo de 2014. É uma
brasileira, a Srª Raquel Rolnik, professora de Doutorado na Arquitetura da USP.
Nós, a CEDECONDH e a CUTHAB, tivemos a iniciativa de convidá-la para apresentar
o mesmo Relatório que apresentou na ONU aqui em Porto Alegre. Por quê? Porque,
entre as doze cidades que poderão sediar jogos da Copa do Mundo, a Professora
Raquel Rolnik listou oito onde os direitos cidadãos eram desrespeitados em
relação às desapropriações. Entre essas cidades está Porto Alegre. Por isso,
teremos, às 18h, quinta-feira, a palestra da Professora Raquel Rolnik. Agradeço
a divulgação e o apoio que V. Exª tem dado a esse evento.
A Srª Maria
Celeste: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Srª Presidente,
agradeço a oportunidade, mesmo que antirregimentalmente, de estarmos trocando
esta ideia, porque nós queremos aqui fazer um apelo a todos os Vereadores para
compor a Frente Parlamentar de Combate a Miséria, uma iniciativa de Vossa
Excelência, a qual todos nós estamos nos somando, várias Bancadas, o PMDB, o
PSOL, o PPS, num esforço muito grandioso. E só não faremos o lançamento do
seminário como um todo, que era a proposta inicial, Verª Sofia Cavedon – por
isto faço questão de fazer este apelo público aqui –, por conta das agendas,
que acabaram tendo problemas de alguns convidados. Mas nós vamos iniciar nesta
quinta-feira, com o lançamento da Frente, mantida Raquel Rolnik, que já estava
confirmada, e para nós é importante este debate.
Portanto, fizemos através de duas Comissões, mas a
iniciativa é da Câmara Municipal, é de Vossa Excelência. E nós queremos fazer
um apelo para que todos os Vereadores se somem, porque certamente nós vamos
marcar a história de Porto Alegre com esse trabalho diferenciado. A Câmara não
apenas cumprirá o seu papel fiscalizatório como será propositiva nesse problema
de enfrentar a miséria na nossa Cidade. Parabéns a Vossa Excelência. E convido
todos os colegas Vereadores e Vereadoras para que possamos estar juntos,
irmanados, nesse trabalho da Frente. Muito obrigada.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Presidente, eu solicito que V. Exª
informe os Vereadores de que o Tempo de Presidente não permite apartes.
Obrigado.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Ver. Nedel. Eu fiquei na dúvida quando foi aberto o primeiro
aparte e estava esperando para fazer uma consulta. De fato, nós tivemos apartes
antirregimentais, mas eu fico muito feliz e agradeço a tolerância a esse
desrespeito ao Regimento, porque eu acho que a fala é coletiva, como é coletiva
a construção desses momentos que nós teremos.
Ver. Airto Ferronato, que preside a nossa Comissão
da Copa, nós queremos muito que V. Exª esteja mobilizando. Nós teremos uma
oportunidade única, a do relatório sobre os efeitos da Copa no Brasil, e a
oposição, corretamente, está levantando problematizações sobre as
flexibilizações das licitações – oposição no Brasil, oposição à Presidenta
Dilma -, e nós também estamos muito preocupados não só com que a população não
fique mais pobre, não seja massacrada, mas também com que os recursos
brasileiros sejam usados com muita parcimônia, com muita seriedade nessas
obras, que têm que ser benefício para o Brasil, e não prejuízo, seja pela
corrupção, seja pela agressão às famílias mais carentes.
Quero encerrar este meu Tempo de Presidente dizendo
o seguinte a Vossas Excelências: Porto Alegre tem feito escola em muitos temas.
Eu estive em Brasília há uma semana e meia, o ProJovem está indo para o MEC,
está na transição, e vocês tenham a certeza de que os nossos relatórios do ano
passado, Ver. Todeschini, as nossas problematizações, enquanto construtores do
programa Dilma, daqui de Porto Alegre - porque os piores problemas do ProJovem
são no Rio Grande do Sul... Dizendo piores, não falo nem na corrupção, nos
desvios, falo na evasão de 70% que há nesse Programa, Verª Fernanda; 70% é a
média do Rio Grande do Sul, ou seja, é um Programa ineficaz no Rio Grande do
Sul e no resto do País. No Nordeste, não é tanto, porque a Bolsa faz mais
sentido lá. E nós estamos modificando, Ver. Nedel. Eu não sei do que V. Exª se
exclama, mas a presidência não tem limitação de tempo, e eu já estou
encerrando.
Nós estamos mudando o gerenciamento do ProJovem no
Brasil, pelas análises que foram feitas no Rio Grande e contribuições que
fizemos lá. Agora a adesão é só pela educação. Inclusive o Luizinho, o último
Secretário da Juventude, esteve com o Secretário do Governo Dilma, levando essa
opinião no início do ano, junto com esta Presidente. Então, eu estou muito
feliz, porque as perspectivas para o ProJovem, de fato, apoiar os jovens, e não
ser um desvio de recursos, Ver. Dib, mudam a partir do momento em que vai para
a educação. Eu não acho que dá para continuar fazendo sistema paralelo, nós
temos que usar no apoio e no suporte ao jovem, para eles estarem na escola.
Essa é a grande notícia deste semestre, na minha opinião. No dia 30, o MEC
estará em Porto Alegre, escutando as sugestões das Prefeituras - eu já avisei a
Secretária Gleci - de como deve ser o novo ProJovem.
É uma parceria, Ver. Nedel, sim, para chegar no
jovem, e não mais para ser o programa desastroso que, infelizmente, tem sido no
Estado do Rio Grande do Sul. Então, a gente faz escola, sim, e é muito
importante o debate sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida; sobre a Copa;
sobre a miséria em Porto Alegre, para influenciar as políticas nacionais. Eu me
orgulho muito de que a nossa Casa pense aqui e no núcleo.
Quero encerrar parabenizando o Ver. Sebastião Melo,
que esta semana, nos jornais, juntou-se ao PMDB para apoiar a Presidente Dilma.
É não permitir que qualquer um que cometa desvios, em nome do setor público,
permaneça nas suas funções. Quero parabenizá-lo, Ver. Sebastião Melo, porque é
em função desses elementos que nós nos orgulhamos de fazer política em Porto
Alegre. Obrigada pela paciência.
(Não revisado pela oradora.)
(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h58min): Havendo
quórum, passamos à
O SR. MARIO FRAGA (Requerimento): Presidente,
aproveitando o quórum elevadíssimo neste momento, requeiro que o PLL nº 044/11,
de minha autoria, que concede Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Sr.
Claudio Damásio Pacheco, o Caco Pacheco, idealizador da Festa do Ridículo, seja
incluído na Ordem do Dia de hoje e que, imediatamente, seja colocado em
votação. Já falei com diversos Líderes aqui, vou falar com os que eu ainda não
falei, a maioria já concordou. Obrigado, Srª Presidente.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Acolho que
seja incluído na Ordem do Dia de hoje.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1472/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 044/11, de autoria do
Ver. Mario Fraga, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Claudio Damásio
Pacheco.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 08-08-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLL nº 044/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL
nº 044/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 33 votos SIM.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ. Nº 011/11 – (Proc. nº 1152/11 – Ver.
Waldir Canal) – requer seja constituída a Frente Parlamentar em
Defesa do Trânsito Seguro.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento nº 011/11, de autoria do Ver. Waldir Canal. (Pausa.) Não há
quem queira encaminhar. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 055/11 – (Proc. nº 2714/11 – Ver. João Carlos Nedel) – requer seja o
período de Comunicações do dia 15 de setembro destinado a assinalar o
transcurso dos 42 anos do 3º Batalhão de Polícia do Exército, anteriormente
designado Companhia.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento nº 055/11, de autoria do Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) Não há
quem queira encaminhar. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1708/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 052/11, de autoria do Ver.
Nelcir Tessaro, que declara
de utilidade pública o Instituto Sanmartin.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM em 10-08-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 052/11. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação o PLL nº 052/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 0826/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 007/11, que revoga a
Lei nº 5.734, de 7 de janeiro de 1986, que declara de utilidade pública a
Associação de Criminalística do Rio Grande do Sul.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 15-06-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 007/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação o PLE nº 007/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 0827/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 008/11, que revoga a
Lei nº 4.185, de 24 de novembro de 1976, que declara de utilidade pública a
Associação Sul Brasileira de Musicoterapia.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 10-08-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 008/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação o PLE nº 008/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Observo que se revoga o título de Utilidade Pública
às entidades que não têm funcionamento há algum tempo.
Apregoo Licença para Tratar de
Interesses Particulares do Ver. Idenir Cecchim, no período de 17 a 18 de agosto
de 2011. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de
Licença permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo Requerimento de autoria
do Ver. Aldacir Oliboni, que solicita dispensa do envio da Emenda nº 02 ao PLL
nº 299/06 à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo Requerimento de autoria
do Ver. Aldacir Oliboni, que solicita dispensa do envio da Emenda nº 03 ao PLL
nº 261/08 à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h06min): Está
encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2334/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 093/11, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que
institui o Programa Pedalando e Aprendendo.
PROC.
Nº 2508/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 106/11, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
inclui a Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula no Anexo I à Lei nº 10.903, de 31
de maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de Porto Alegre e o
Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a gestão desses
calendários e revoga legislação sobre o tema –, realizada na última semana de
agosto dos anos pares.
PROC.
Nº 2525/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 028/11, que cria cargos em comissão e funções
gratificadas, que passam a integrar a letra “c” do Anexo I da Lei nº 6.309, de
28 de dezembro de 1988, altera a Lei nº 9.782, de 6 de julho de 2005, alterando
a denominação da Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social
(SEACIS) para Secretaria Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social (SMACIS),
e revoga os arts. 10 a 16 da Lei nº 9.782, de 6 de julho de 2005.
PROC.
Nº 2542/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 107/11, de autoria do
Ver. Dr. Raul Torelly, que
concede o título de Cidadã de Porto Alegre à professora Maria da Conceição
Nogueira Pires.
PROC.
Nº 2577/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 111/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Dom Antônio Cheuiche o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 7011 – Loteamento Moradas do Sul.
PROC.
Nº 0820/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 020/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
inclui o Festival Internacional de Tango de Porto Alegre no Anexo II à Lei nº
10.903, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de Porto
Alegre e o Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a
gestão desses calendários e revoga legislação sobre o tema –, nos meses de maio
de junho.
PROC.
Nº 1971/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 071/11, de autoria do
Ver. Alceu Brasinha, que
altera o caput do art. 1º da Lei nº 10.838, de 11 de fevereiro de 2010 –
que determina a execução do Hino Nacional e do Hino Rio-Grandense no jogos
esportivos federados de caráter nacional ou internacional realizados no
Município de Porto Alegre e dá outras providências –, dispondo sobre a execução
desses hinos em jogos esportivos federados de caráter nacional.
PROC.
Nº 2434/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 024/11, de autoria do Ver. Engenheiro
Comassetto, que concede o
Diploma Honra ao Mérito ao Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de
Combustíveis e Lubrificantes do Estado do Rio Grande do Sul – Sulpetro.
PROC.
Nº 2570/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 108/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua José Carlos Bohne o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 7013 – Loteamento Moradas do Sul.
PROC.
Nº 2571/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 109/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Padre Arthur Morsch o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 7012 – Loteamento Moradas do Sul.
PROC.
Nº 2572/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 110/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Irmão Firmino Biazus o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 7014 – Loteamento Moradas do Sul.
PROC.
Nº 2586/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 112/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Irmão Jaime Biazus o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 6452 – Loteamento Caminho do Sol –, localizado no Bairro Guarujá.
PROC.
Nº 2588/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 113/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Nestor José Nitschke o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 6450 – Loteamento Caminho do Sol –, localizado no Bairro Guarujá.
PROC.
Nº 2613/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 114/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Itacyr Rossi o logradouro público cadastrado conhecido como Rua
6451 – Loteamento Caminho do Sol –, localizado no Bairro Guarujá.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1846/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 008/11, de autoria do
Ver. Professor Garcia, que
altera a ementa, o art. 1º, o art. 3º e o art. 6º da Lei Complementar nº 493,
de 19 de agosto de 2003, e o inc. IX do caput do art. 128 da Lei
Complementar nº 284, de 27 de outubro de 1992, e alterações posteriores,
dispondo sobre instalações físicas de prédios que especifica e vedações
relativas ao serviço de transporte de valores.
PROC.
Nº 2425/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 098/11, de autoria do
Ver. Elias Vidal, que
declara de utilidade pública a Associação Amigos do Projeto Vida e Saúde.
PROC.
Nº 2443/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 105/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
declara Patrono da Ciência, da Tecnologia e da Inovação no Município de Porto
Alegre o padre e cientista Roberto Landell de Moura.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, vamos aproveitar para falar hoje, novamente, no período de
Pauta, sobre o PLCL nº 008/11, Projeto relativo ao transporte de valores em
Porto Alegre. Na última vez, fiz um pequeno retrospecto do Projeto, que começou
a tramitar em 2007, sobre como se dá a questão do transporte de valores em
Porto Alegre. Volto a dizer que a nossa preocupação era exclusivamente nos
grandes lugares de concentração humana, ou seja, shopping centers, hipermercados, edifícios de grande concentração
humana. Para a população entender, por exemplo, num supermercado ou num shopping, de uma hora para outra, entra
um carro-forte num estacionamento, com quatro ou cinco seguranças, que descem
do carro fortemente armados. Aquilo causa um transtorno para quem passa por ali
na hora.
O que nós estamos
propondo é terminar com isso nesses locais. E qual é a proposta? Nós entendemos
que os shopping centers, lugares de
grande concentração, que tenham construção acima de três mil metros quadrados
têm que ter um lugar que nós denominamos de baú, ou seja, um lugar onde o
carro-forte entre, tenha uma porta lateral, os seguranças saem por aquela
porta, buscam ou retiram o dinheiro, e o carro-forte sai. Não tem o contato com
a população. Isso é uma coisa que urge na nossa Cidade. Quando nós tivemos uma
reunião aqui, em 2008, inclusive com a Febraban, com a Federação dos
Vigilantes, isso foi amplamente discutido. E qual era o receio deles? O receio
deles era de que, se em Porto Alegre fosse aprovado, isso passaria para todo o
Brasil. Mas nós fizemos uma alteração, porque, na época, era mil metros
quadrados, e a Direção da Agas nos disse:
“Olha, Vereador, com mil metros quadrados, pequenos supermercados não têm
condição de incluir”.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Professor Garcia, quero dizer que
apoio o seu Projeto, é um grande Projeto. Vossa Excelência sabe que eu estava
elaborando um trabalho nesse sentido, mas, quando vi que estava resgatando uma
proposta antiga sua, talvez de 2006 ou 2007, por entender que o nosso Projeto
tinha um certo conflito com o seu, não protocolei. Mas, realmente, esse assunto
nós precisamos enfrentar. Porto Alegre precisa receber algumas alterações nesse
sentido. As pessoas não podem ficar vulneráveis, expostas à insegurança do
jeito que estão hoje, nem o trânsito de Porto Alegre precisa passar por aquilo
que está passando, quando os automóveis ficam estacionados nas vias públicas
sem o mínimo cuidado, vamos dizer assim, expondo todos nós à verdadeira
insegurança. Parabéns!
O SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado, mas volto
a dizer, Vereador, que este Projeto é para um determinado segmento da Cidade,
para lugares de grande concentração. Por exemplo, em frente aos bancos, mas
esse não é o foco do nosso Projeto.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: Mas aí eu lhe
pergunto: há condições de nós fazermos uma emenda nesse sentido? Porque essa é
uma situação gravíssima! Os carros estacionam nas vias públicas sem o mínimo
cuidado, sem a mínima preocupação com o trânsito. Eu pergunto se o senhor
aceitaria uma emenda.
O SR. PROFESSOR GARCIA: A emenda eu acho que
é livre, mas o ideal seria alguém começar a fazer um estudo específico em Porto
Alegre, eu confesso que não tenho. Na última vez, o que nós vimos foi uma
colcha de retalhos, colocaram emendas para ruas. Aqui na questão do Centro
Histórico não há como colocar, porque são prédios históricos, não há onde
estacionar; há toda a questão das lotéricas. Então, a discussão tem que ser
maior.
Como o meu foco já
elimina, e muito... Ora, se nós conseguirmos estabelecer regras para
hipermercados, supermercados e grandes edifícios, já vamos contemplar um número
significativo. E aí, depois, que cada Vereador pense, discuta entre seus
assessores e membros da sociedade para ver o que é melhor.
A minha preocupação
é, às vezes...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado, só para
concluir: é que, às vezes, na ânsia de ajudar, o que acontece? As pessoas
acabam mutilando o Projeto, o que não é bom para a Cidade, pois acaba perdendo
o foco principal. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais
quem queira discutir a Pauta. Está encerrada a discussão da Pauta. Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 17h12min.)
* * * * *